Outubro/2015
Que forças impulsionam a compaixão e a piedade diante da pessoa com deficiência? São sentimentos naturais? Haveria correspondência entre os sentimentos do compassivo e de quem é objeto da compaixão? Em artigo publicado em HCS-Manguinhos, Reni Aparecida Barsaglini e Emília Carvalho Leitão Biato, do Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal de Mato Grosso, analisam os sentimentos de compaixão e piedade diante da deficiência física.
As autoras partem da ideia de que tais sentimentos despertados diante do corpo diferente na deficiência física envolvem interpretações de um universo de significados construídos com enraizamento social e histórico. “Os sentimentos de compaixão e de piedade estão na confluência do individual e do coletivo, do subjetivo e do objetivo, do natural e do sociocultural”, escrevem.
O artigo Compaixão, piedade e deficiência física: o valor da diferença nas relações heterogêneas (vol. 22, n.3, jul.-set. 2015) discute a tensão entre o pressuposto do sofrimento embutido na deficiência e os ideais de igualdade preconizados às pessoas nessas condições. “Mais pertinente ao deficiente físico do que o sentimento de compaixão piedosa parece ser a compreensão de quem ele é, em sua potência de originalidade”, concluem as autoras.
Leia em HCS-Manguinhos:
Compaixão, piedade e deficiência física: o valor da diferença nas relações heterogêneas, artigo de Reni Aparecida Barsaglini e Emília Carvalho Leitão Biato.
Como citar este post [ISO 690/2010]:
Compaixão, piedade e deficiência física. Blog de HCS-Manguinhos. [viewed 28 October 2015]. Available from: http://www.revistahcsm.coc.fiocruz.br/compaixao-piedade-e-deficiencia-fisica