Setembro/2024
Nos últimos 39 anos, entre 1985 e 2023, o fogo queimou 88 milhões de hectares de Cerrado, informou o Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia nesta quarta-feira, 11 de setembro, Dia Nacional do Cerrado.
Paisagem do Cerrado, a “savana brasileira”. Foto de Joédson Alves/Agência Brasil
Também conhecido como savana brasileira, o Cerrado ocupa 25% do território nacional, estando presente em 11 estados que se estendem do Nordeste à maior parte do Centro-Oeste, e com áreas de transição com praticamente todos os biomas, exceto os Pampas. Pelas características adquiridas no contato com mais quatro ecossistemas (Amazônia, Pantanal, Mata Atlântica e Caatinga), é considerada a savana mais biodiversa do planeta, além de abastecer as principais bacias hidrográficas do Brasil.
Para celebrar este Dia Nacional do Cerrado, divulgamos a campanha Cerrado, Coração das Águas, lançada em um site que reúne informações sobre o bioma, como suas características, biodiversidade, povos, turismo e caminhos para a preservação, além de histórias dessa “floresta invertida”, assim chamada por ter raízes muitas vezes bem maiores que as próprias árvores. Destacamos também artigos publicados na revista História, Ciências, Saúde – Manguinhos.
Leia no blog e na revista HCS-Manguinhos:
Infértil cerrado?
O debate sobre a suposta infertilidade do solo do bioma brasileiro na primeira metade do século XX é o mote do artigo A face infértil do Brasil: ciência, recursos hídricos e o debate sobre (in)fertilidade dos solos do cerrado brasileiro, 1892-1942, de Claiton Márcio da Silva.O cerrado de Bernardo Élis na perspectiva da história ambiental
Artigo de Sandro Dutra e Silva, Aurea Marchetti Bandeira e Giovana Galvão Tavares analisa as representações de natureza na obra do escritor Bernardo Élis Fleury de Campos Curado, nascido em 1915 nos “cafundós” de Goiás. Autor de obras como Ermos e gerais, de 1944, ele trouxe o cerrado para a literatura de ficção brasileira.
