Prevenção contra incêndios no patrimônio cultural é tema de palestra online

Agosto/2021

A Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz) promove nesta terça-feira, 3 de agosto, às 10h,  a palestra Normativas para a prevenção contra incêndios no patrimônio cultural, com o arquiteto, urbanista e professor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Paulo Gustavo von Krüger. O evento será transmitido pelo Facebook da Casa.

Parte do Plano de Educação Patrimonial para Prevenção de Incêndios em Edificações Históricas da Fiocruz (PEP-Previn), a palestra vai apresentar o histórico das primeiras normativas referentes à segurança contra incêndios no patrimônio cultural no Brasil, em especial a Instrução Técnica 35 do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais e a Normativa do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), suas principais características e similaridades e um exemplo do uso destas normas no acervo artístico da UFMG. 

Paulo Gustavo von Krüger é professor do curso de Design e do Programa de Pós-Graduação em Ambiente Construído e Patrimônio Sustentável, ambos da Escola de Arquitetura da UFMG. Coordenador do Grupo de Pesquisa em Tecnologia e Ciência do Incêndio, o palestrante tem graduação em Arquitetura e Urbanismo pela UFMG e em Engenharia Civil pela Fumec. É mestre em Construções Metálicas pela UFOP e doutor em Engenharia de Estruturas pela Escola de Engenharia da UFMG. Atua na área de gestão de desastres e, em particular, na avaliação de risco de incêndio no patrimônio cultural. 

A palestra integra a série Conexão #emCasa, uma iniciativa da Casa de Oswaldo Cruz, que tem o objetivo de promover palestras, debates e discussões on-line, diante da restrição a atividades presenciais impostas pela pandemia de Covid-19.  

Fonte: COC/Fiocruz

Leia no Blog de HCS-Manguinhos sobre o trágico incêndio que destruiu o Museu Nacional/UFRJ, em 2 de setembro de 2018:

O incêndio, a morte e a esperança
Carta dos Editores Marcos Cueto e André Felipe Cândido da Silva (HCS-Manguinhos, vol.25, no.3 jul./set. 2018)

‘Perda do acervo documental do Museu Nacional é inestimável’
Magali Romero Sá conta que o acervo perdido com o incêndio armazenava a história do processo de desenvolvimento das ciências naturais no Brasil

Museu Nacional: ruínas precoces, fiapos de esperança
“Exatamente neste ano de 2018, quando se comemora os 200 anos da fundação do Museu Nacional, também completo 25 anos como professor na instituição. Esse quarto de século de minha vida se transformou completamente após ler, num piscar de olhos, uma mensagem de celular de uma colega no domingo à noite indicando que o chamado Palácio estava em chamas”, recorda Ricardo Ventura Santos

Incêndio queimou registros únicos da vida de povos que aqui habitaram e foram dizimados pela colonização
“Uma das coisas que sempre me impressionou no contato direto com os objetos coletados e os documentos de guarda do Museu é a sensação de estar encontrando, através deles, toda a tradição de autores que ajudaram a compreender o país: cientistas, estudiosos e críticos dos assuntos brasileiros que ajudaram a formar aquelas coleções”, conta Kaori Kodama.

Museu Nacional, ‘miniatura do país’
Para o médico e antropólogo Roquette-Pinto, o acervo material e imaterial da instituição refletia a diversidade cultural, biológica e social do Brasil. Nesta entrevista ao Blog de HCS-Manguinhos, o historiador Vanderlei de Souza fala sobre os documentos que pesquisou no seu mestrado e doutorado, destruídos pelo incêndio.

Pesquisadora estudou documentos de 1810 a 1911 que compunham o acervo do Museu Nacional
Para o seu doutorado, Maria Margaret Lopes percorreu desde o decreto de Fundação do museu até os registros das atas até 1911, passando por correspondências de cientistas brasileiros e estrangeiros.

Museu Nacional e Fiocruz: notas iniciais para uma historiografia das relações entre as duas instituições
A formação do acervo do Museu se deu a partir da interlocução de seus pesquisadores, professores e dirigentes com inúmeras instituições de pesquisa nacionais e internacionais, dentre elas a Fiocruz, conta Cristiane D’Avila.

Leia sobre preservação de acervos na Fiocruz:

Desafios para a preservação do Castelo da Fiocruz
Plano de conservação preventiva para o Pavilhão Mourisco – símbolo e sede da Fiocruz – resulta do amadurecimento dos processos de preservação do patrimônio cultural institucional, afirmam especialistas da Casa de Oswaldo Cruz

Política de Preservação de Acervos da Fiocruz favorece cooperações internacionais
Em entrevista ao Blog de HCS-Manguinhos, o vice-diretor de Patrimônio Cultural e Divulgação Científica da Fundação, Marcos José de Araújo Pinheiro, fala sobre a política semeada há dez anos, a partir de um projeto que visava integrar as ações de preservação e de valorização das diversas tipologias de acervos constituídos pela Fiocruz