Julho/2016
O processo de elaboração cartográfica permite estudar situações e descrever relações que se estabelecem num determinado espaço. O “espaço” escolhido na pesquisa de Maurici Tadeu Ferreira dos Santos, Mara Helena de Andréa Gomes e Cássio Silveira foi a produção acadêmica e científica veiculada pela Revista de Saúde Pública, da Universidade de São Paulo, desde o seu lançamento em 1967 até o final da primeira década de edição – “local” compreendido como de trânsitos e fronteiras. “Cartografar é, também, um método de pesquisa e possivelmente de intervenção”, afirmam os autores do artigo “Introdução a uma cartografia sociológica: a Revista de Saúde Pública, 1967 a 1977”, publicado na edição atual de HCS-Manguinhos (vol.23, n.2, abr./jun. 2016). Com suporte em metodologia sociocartográfica fundamentada na sociologia do conhecimento de Karl Mannheim, os pesquisadores realizaram um mapa conceitual relacionando aspectos como temas escolhidos para publicação, frequência e relação entre descritores, surgimento de inflexões temáticas, enfoques editoriais, ênfases, apreciação de temas singulares e em séries, distribuição de autores e de suas instituições e referências bibliográficas, entre outros. O artigo mostra um processo marcado por tensões editoriais entre o atendimento aos princípios da instituição e as transformações internacionais, requerendo aberturas para temáticas interdisciplinares. O estudo também destaca a movimentação das subáreas, mostrando predominância de uma epidemiologia em transição pela absorção de novos saberes no contexto de formação do campo da saúde coletiva. Leia em HCS-Manguinhos: Introdução a uma cartografia sociológica: a Revista de Saúde Pública, 1967 a 1977, artigo de Maurici Tadeu Ferreira dos Santos, Mara Helena de Andréa Gomes e Cássio Silveira (vol.23, n.2, abr./jun. 2016) Saiba mais: A Revista de Saúde Pública, que está prestes a completar 50 anos, tem todo o seu conteúdo disponível no SciELO. Clique na imagem abaixo para ler o primeiro editorial da revista.