Abril/2024
A posição das sociedades psicanalíticas e dos psicanalistas brasileiros afiliados à International Psychoanalytical Association durante a ditadura militar na década de 1970 é analisada no artigo Sob o discurso da “neutralidade”: as posições dos psicanalistas durante a ditadura militar, da psicanalista Carmen Lucia Montechi Valladares de Oliveira, da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. O artigo integra o suplemento Culturas Psi: psicanálise, subjetividade e política, da revista História, Ciências, Saúde – Manguinhos (v. 24, dez/2017).
Momento de expansão da psicanálise, o período foi caracterizado por forte investimento na clínica privada e consequente “afastamento” da doutrina do universo social. Por meio dos discursos de algumas personalidades significativas desse movimento, o artigo procura mostrar como, apoiados na noção de “neutralidade”, de primazia da realidade interna em detrimento da realidade externa, e de investimento no “aqui e agora” do setting, esses psicanalistas optaram por um esvaziamento da psicanálise do espaço da política.
A autora conclui lançando argumentos que sustentam a importância da participação desse profissional no questionamento do destino da polis.
Leia em HCS-Manguinhos:
Sob o discurso da “neutralidade”: as posições dos psicanalistas durante a ditadura militar, artigo de Carmen Lucia Montechi Valladares de Oliveira (vol.24, supl.1, 2017)
Leia também no Blog de HCS-Manguinhos:
Culturas psi: psicanálise, subjetividade e política
Leia a Carta dos Editores Convidados do suplemento de HCS-Manguinhos (vol. 24, supl. 1, 2017)