Segundo volume de Uma história das leishmanioses no Novo Mundo será lançado no Rio em 15/12

Os historiadores Jaime Larry Benchimol, pesquisador da Casa de Oswaldo Cruz/Fiocruz, e Cláudio de Oliveira Peixoto, do ILMD/Fiocruz Amazônia, lançam, na quinta-feira, 15/12, no Rio de Janeiro, o livro Uma história das leishmanioses no Novo Mundo – anos 1960 ao século XXI: Amazônia (Editora Fiocruz / Garamond, 2022). O evento de lançamento será a partir das 18h no Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB), na Rua do Pinheiro, 10, Flamengo.

O primeiro volume da obra, lançada em 2020, aborda do século XIX à primeira metade do XX e foi escrito por Benchimol em coautoria com Denis Guedes Jogas Junior.

Neste segundo volume, Benchimol e Peixoto analisam os fatores biológicos, sociais e ambientais responsáveis pela ocorrência da doença na Amazônia desde os anos 1960 até o século XXI, dando reconhecimento a cientistas e sanitaristas que tiveram papel fundamental nas pesquisas sobre essa e outras endemias, que ocorreram em ambientes alterados por fazendas de gado, madeireiras, garimpos, grileiros e empreendimentos de grande porte como Carajás, Projeto Jari e a rodovia Transamazônica. Apresentados na época como projetos de modernização da Amazônia, os empreendimentos causaram graves danos às populações indígenas e ao meio ambiente, pondo em risco o planeta inteiro.

Os autores também destacam a expansão da pesquisa em parasitologia no período em que esta ciência se torna policêntrica, sendo a Amazônia um dos principais nós de uma rede global de investigadores e instituições dedicados a ela.

Leia no Blog de HCS-Manguinhos:

Artigo relaciona projetos de desenvolvimento a epidemias de leishmaniose no Amazonas
Eles causaram alterações socioambientais, urbanas e demográficas, explica o historiador Cláudio de Oliveira Peixoto, autor de texto publicado na revista HCS-Manguinhos

Livro detalha a trajetória das leishmanioses no Brasil 
Escrito pelos historiadores Jaime Larry Benchimol e Denis Guedes Jogas Junior, obra traz à luz diversos aspectos pouco conhecidos da história do fim do século XIX aos anos 1960. O lançamento é uma coedição da Editora Fiocruz com a Fino Traço Editora.

Uma história das leishmanioses no novo mundo conquista Prêmio Abeu 2021 – Ciências da Vida 
Obra dos historiadores Jaime Larry Benchimol e Denis Jogas (Editora Fiocruz e Fino Traço) conta a trajetória dos estudos da doença no Brasil

Leishmanioses: negligenciadas por políticos, mas não por pesquisadores
“Embora sejam de fato negligenciadas pelas políticas públicas e afetem populações negligenciadas, mobilizam uma das mais pujantes comunidades de pesquisa no Brasil”, afirma Jaime Benchimol em artigo na revista HCS-Manguinhos

Tese joga luz nas descobertas sul-americanas sobre leishmanioses
O historiador Denis Guedes Jogas Junior recebeu uma menção honrosa do Prêmio Oswaldo Cruz de Teses por sua pesquisa de doutorado na Casa de Oswaldo Cruz/Fiocruz

Leishmanioses: circulação de saberes e assimetrias entre ‘centros’ e ‘periferias’ científicas no início do século XX
Em artigo, Denis Guedes Jogas Jr mostra que pesquisadores sul-americanos não contaram com o mesmo acesso aos principais periódicos científicos da Europa que seus colegas europeus

Artigo relaciona projetos de desenvolvimento a epidemias de leishmaniose no Amazonas
Eles causaram alterações socioambientais, urbanas e demográficas

Leia em HCS-Manguinhos:

Saúde, ciência e desenvolvimento: a emergência da leishmaniose tegumentar americana como desafio médico-sanitário no Amazonas, artigo de Cláudio de Oliveira Peixoto (v. 27, n. 3, jul/set 2020)

Trópicos, ciência e leishmanioses: uma análise sobre circulação de saberes e assimetrias, artigo de Denis Guedes Jogas Jr. (vol.24, no.4, out./dez. 2017)

Sobre a origem e dispersão das leishmanioses cutânea e mucosa com base em fontes históricas pré e pós-colombianas, artigo de Alfredo J. Altamirano-Enciso, Mauro C. A. Marzochi, João S. Moreira, Armando O. Schubach e Keyla B. F. Marzochi (vol. 10, n. 3, set/dez 2003)