Dezembro/2023
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Está no ar o novo número da revista História Unisinos (v. 27 n. 03, 2023), com o dossiê “Conhecer e dar a conhecer as plantas e seus usos (América, Ásia e África, séculos XVI – XIX)”.
Na apresentação, Ana Carolina de Carvalho Viotti, do Departamento de Ciências Políticas e Econômicas e do Programa de Pós-graduação em História da Universidade Estadual Paulista (Unesp), e André Luís Lima Nogueira, do Centro Universitário Vale do Cricaré, São Mateus/ES, afirmam que a historiografia do século XXI busca requalificar o papel dos homens e mulheres nos processos históricos locais e globais e que hoje é possível ver a ciência como coprodução do encontro e interação entre especialistas de várias origens.
Viotti e Nogueira acrescentam que, nos últimos anos, houve uma emergência de estudos tendo plantas como tema, em especial na história das ciências, da saúde e da medicina, e que historiadores têm recorrido a outras disciplinas, como a medicina, a etnobotânica, a antropologia, a ecologia, a economia, a geografia ou a epidemiologia, para delimitar e analisar seus objetos de pesquisa.
“As proposições que compõem esse número são uma breve amostra dos temas, recortes, documentos e abordagens que se valem da reflexão sobre a flora como prisma analítico. Abarcando diferentes geografias e temporalidades, os artigos em tela demonstram e sublinham a relevância e potencial de aprofundamento dessa agenda de pesquisa que se mostra, cada vez mais, tão incontornável quanto urgente”, concluem os historiadores.
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Sobre plantas, leia também no Blog e na revista HCS-Manguinhos:
Historiador acha instruções de 1802 para o envio de sementes e plantas a Portugal
Manuscrito encontrado por Magnus Pereira é apresentado e reproduzido na seção Fontes de História, Ciências, Saúde – Manguinhos
Artigo aborda tentativa de cura da lepra com assacu feita por indígena em 1847
Márcio Couto Henrique, da UFPA, conta como a experiência foi reproduzida em lazaretos no Brasil e no exterior em artigo na revista HCS-Manguinhos (vol. 30, 2023)
Ayahuasca, negacionismo e o ‘renascimento psicodélico’
“Precisamos enfrentar, na academia e na sociedade, o estigma e a criminalização dos usos indígenas e religiosos da beberagem”, defende Vinícius Maurício de Lima (UFABC), coautor de artigo em HCS-Manguinhos (vol. 30, 2023)
Plantas da Bahia segundo um cirurgião do século XVIII
Embora não tivesse formação em história natural, Francisco Antônio de Sampaio enviava à Academia das Ciências de Lisboa escritos sobre a natureza na vila de Cachoeira e seus usos locais
Um novo mundo de plantas e a circulação de saberes médicos
Artigo de Heloisa Gesteira explora a construção do conhecimento sobre a flora da América do Sul nos séculos XVII e XVIII a partir de diversos registros
Plantas de uso indígena eram enviadas de Goiás para Portugal no século XVIII
As ciências e os saberes indígenas na Companhia de Jesus
Eliane Cristina Deckmann Fleck discute em artigo a contribuição dos jesuítas ao desenvolvimento científico da América Platina.
Leia em HCS-Manguinhos:
“Instrução sobre a escolha, preparação e remessa das sementes e cebolas das plantas, que se mandarem vir de África e do Brasil”, artigo de Magnus Pereira, seção Fontes (História, Ciências, Saúde – Manguinhos, v. 30, dez/2023)
Relatos de exploradores e viajantes e primeiras pesquisas científicas com a ayahuasca, 1850-1950, no debate atual sobre o “renascimento psicodélico”, artigo de Vinícius Maurício de Lima e Maria Gabriela Silva Martins da Cunha Marinho (História, Ciências, Saúde – Manguinhos, v. 30, 2023)
Do índio Passos ao doutor Chernoviz: experiências de cura da lepra no Pará do século XIX, artigo de Márcio Couto Henrique (História, Ciências, Saúde – Manguinhos, v. 30, 2023)
O cirurgião ilustrado Francisco Antônio de Sampaio e as plantas de “seu país” (vila de Cachoeira, BA – fins do século XVIII) artigo de André Nogueira e Lorelai Kury (HCS-Manguinhos v. 29, n. 1, jan-mar/2022)
“Plantas novas que os doutos não conhecem”: a exploração científica da natureza no Oriente português, 1768-1808, artigo de Magnus Roberto de Mello Pereira (vol. 24, no.3, jul./set. 2017)
Evidências da circulação de conhecimento filosófico-natural sobre o Brasil em um manuscrito de 1763 de António Nunes Ribeiro Sanches, artigo de Gisele C. Conceição (vol.24, n.2, abr./jun. 2017)
O cerrado goiano na literatura de Bernardo Élis sob o olhar da história ambiental, artigo de Sandro Dutra e Silva, Aurea Marchetti Bandeira, Giovana Galvão Tavares e Luciana Murari (vol.24, no.1, jan./mar. 2017)
Maria Bandeira: uma botânica pioneira no Jardim Botânico do Rio de Janeiro, artigo de Begonha Bediaga, Ariane Luna Peixoto e Tarciso S. Filgueiras (vol.23, no.3, set 2016)
A abordagem historiográfica dos séculos XIX e XX sobre a atuação de médicos e boticários jesuítas na América platina no século XVIII – artigo de Eliane Cristina Deckmann Fleck (vol.21 n.2 abr./jun. 2014)
O inventário das curiosidades botânicas da Nouvelle France de Pierre-François-Xavier de Charlevoix (1744). Kobelinski, Michel. Mar 2013, vol.20, no.1
Evidências de medicina mestiça em obra escrita por irmão jesuíta na América meridional do século XVIII – Artigo de Eliane Cristina Deckmann Fleck e Roberto Poletto (vol.19, no.4/Dez 2012)
Toxicidade e produção de maçãs no sul do Brasil. Klanovicz, Jó. Mar 2010, vol.17, no.1
Antônio Moniz de Souza, o ‘Homem da Natureza Brasileira’: ciência e plantas medicinais no início do século XIX. Santos, Laura Carvalho dos. Dez 2008, vol.15, no.4
O exercício farmacêutico na Bahia da segunda metade do século XIX, artigo de Tânia Salgado Pimenta e Ediná Alves Costa (vol.15, no.4, Dez 2008)
Notícias sobre uma expedição: Jean Massart e a missão biológica belga ao Brasil, 1922-1923, artigo de Alda Heizer (vol.15 no.3 jul/set. 2008)
Antônio Moniz de Souza, o ‘Homem da Natureza Brasileira’: ciência e plantas medicinais no início do século XIX. Santos, Laura Carvalho dos. Dez 2008, vol.15, no.4
Um caminho para a ciência: a trajetória da botânica Leda Dau, Azevedo, Nara, Cortes, Bianca Antunes and Sá, Magali Romero. 2008, vol.15
Conciliar o útil ao agradável e fazer ciência: Jardim Botânico do Rio de Janeiro – 1808 a 1860. Bediaga, Begonha. Dez 2007, vol.14, no.4
Homens de ciência no Brasil: impérios coloniais e circulação de informações (1780-1810). Kury, Lorelai. vol.11, supl.1, 2004
Transformações no exercício das artes de curar no Rio de Janeiro durante a primeira metade do Oitocentos, artigo de Tânia Salgado Pimenta (vol.11, supl.1, 2004)
Barbeiros- sangradores e curandeiros no Brasil (1808-28), artigo de Tânia Salgado Pimenta (vol.5, n.2, out 1998)
Viajantes-naturalistas no Brasil oitocentista: experiência, relato e imagem, Kury, Lorelai, vol.8, 2001
O botânico e o mecenas: João Barbosa Rodrigues e a ciência no Brasil na segunda metade do século XIX. Sá, Magali Romero. 2001, vol.8
Richard Spruce, botânico e desbravador da América do Sul, artigo de Mark R. D. Seaward traduzido por Josino Costa Moreira (v.7, n.2, jul./out. 2000)
A ferro e fogo: a história e a devastação da Mata Atlântica Brasileira. Sá, Magali Romero, vol.3, no.3, nov 1996
