Novembro/2024
Jerson Lima. Foto de Fernando Souza/Adufrj
Presidente da Fundação Carlos Chagas de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj) desde 2019, o biofísico Jerson Lima Silva teve sua exoneração publicada no Diário Oficial na última quinta-feira, 7/11. Para seu lugar foi nomeada Caroline Alves, que era presidente da Fundação de Apoio à Escola Técnica (Faetec). No lugar de Caroline entrou Alexandre Valle, ex-secretário de Educação e candidato derrotado à prefeitura de Itaguaí pelo PL nas últimas eleições.
As mudanças foram assinadas pelo governador Claudio Castro apesar dos protestos de diversas entidades acadêmicas e científicas contra a saída de Jerson Lima.
A exoneração de Jerson Lima da Faperj repercutiu muito mal na política e na comunidade científica, contou a vereadora Tatiana Roque (PSB) ao Blog de HCS-Manguinhos. Professora titular do Instituto de Matemática da UFRJ e primeira mulher a ocupar o cargo de Secretária Municipal de Ciência e Tecnologia da cidade do Rio de Janeiro (2023), ela considera a mudança péssima.
“Está claro para todo mundo que a nova indicação decorreu de apadrinhamento político para acomodar uma demanda do PL ao governador. A comunidade científica acha, e eu endosso, que um cargo como a presidência da Faperj, que demanda qualificação técnica, não pode seguir apenas critérios políticos. Deve ser uma pessoa qualificada para o cargo e que represente de fato a comunidade científica. Então foi uma péssima escolha e continuaremos pressionando e mostrando ao governador que a comunidade científica está insatisfeita com essa escolha”, disse Tatiana Roque ao Blog de HCSM.
O site da Academia Brasileira de Ciências publicou a Carta de despedida de Jerson Lima e uma matéria sobre a repercussão no meio acadêmico: Comunidade científica rejeita partidarização da Faperj
