Janeiro/2025
A criação de novos hospitais em Portugal no século XIX e nas primeiras décadas do século XX não trouxe necessariamente uma melhoria no tratamento dos doentes. Salvo raras exceções, eram espaços pequenos, mal equipados e carentes de recursos humanos e materiais. No artigo Os hospitais em Portugal no século XIX e na primeira metade do século XX, publicado no suplemento sobre hospitais da revista História, Ciências, Saúde – Manguinhos (v. 31, supl. 1, 2024), Alexandra Esteves, professora da Universidade do Minho (UMinho), em Braga, reflete sobre a resposta hospitalar em Portugal entre 1834 e as primeiras décadas do século XX, quando as diversas mudanças no campo político tiveram pouco impacto na assistência à saúde.
“Se, por um lado, a instabilidade política não era favorável à realização de reformas hospitalares, sobretudo até os finais dos anos 1920, o mesmo não pode ser afirmado a partir da década seguinte, com a instalação de um regime autoritário que se irá manter por mais de quatro décadas”, revela Alexandra Esteves. Com o Estado Novo, as Misericórdias, instituições que, há séculos, desempenhavam papel relevante na prestação de cuidados hospitalares, mantiveram-se como administradoras de hospitais.
Segundo Alexandra, que é pesquisadora do Laboratório de Paisagens, Patrimônio e Território (Lab2PT) da UMinho, enquanto em vários países europeus o hospital afirmou-se como um espaço de prevenção, tratamento e cura, bem como, simultaneamente, de ensino e capacitação tecnológica, em Portugal, persistiu, essencialmente, a vertente assistencial, embora com reduzida intervenção estatal.
Leia o artigo completo na revista HCS-Manguinhos:
Os hospitais em Portugal no século XIX e na primeira metade do século XX, artigo de Alexandra Esteves (História, Ciências, Saúde – Manguinhos, v. 31, supl 1, set 2024)
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