Novembro/2018
A atual edição de HCS-Manguinhos (vol.25 no.3, jul/set. 2018) apresenta uma nota de pesquisa de Peter Burke, professor da Universidade de Cambridge, na Inglaterra, e um dos maiores historiadores da atualidade. No artigo Escrevendo a história do conhecimento no Brasil, Burke debate contribuições recentes para a área, sobretudo no campo da história das ciências. Ele destaca diferentes espaços de conhecimento que proliferaram nos últimos duzentos anos, como colégios e universidades, museus, arquivos, jardins botânicos, observatórios, publicações e fundações, entre outros, e lança sugestões para o desenvolvimento da história do conhecimento.
Segundo o autor, boa parte das publicações relacionadas ao tema no Brasil concentra-se na história da medicina, e relativamente pouco foi publicado sobre a história da ciência no período colonial. Ele considera a história das ciências sociais no Brasil atrasada em relação à história das ciências naturais, com poucas publicações voltadas para a história da sociologia, da ciência política, da antropologia, da geografia e da própria história. Burke destaca duas grandes lacunas: estudos do conhecimento indígena e, em menor medida, estudos das universidades.
“Os conhecimentos indígenas têm atraído cada vez mais a atenção dos antropólogos, junto com alguns geógrafos e economistas, mas não de historiadores”, escreveu.
Autor de mais de 20 livros, Burke enfatiza a relevância da história social e cultural para as questões modernas.
Leia em HCS-Manguinhos:
Escrevendo a história do conhecimento no Brasil. Nota de pesquisa de Peter Burke, vol.25, n.3, set. 2018. http://dx.doi.org/10.1590/s0104-59702018000400014
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