Outubro/2015
A peste exterminou milhões de pessoas no início do século VI e através da Idade Média, mas um estudo divulgado nesta quinta-feira (22/10) sugere que a doença pode ter existido milhares de anos antes. A análise de DNA de dentes humanos da Europa e da Ásia mostrou que a bactéria que causa a peste já fazia vítimas cerca de 3 mil anos antes do que documentado anteriormente. O estudo, publicado na revista “Cell”, sugere que esta bactéria, conhecida como Yersinia pestis, era comum – embora possa ter causado um tipo ligeiramente diferente, mas ainda devastador da doença. Segundo o principal autor do estudo, Eske Willerslev, do Centro de GeoGenetics da Universidade de Copenhague, o estudo muda a visão sobre quando e como a peste influenciou populações humanas e abre novas possibilidades para o estudo da evolução das doenças. Até agora, os cientistas não tinham evidências moleculares diretas para esta bactéria a partir de material esquelético com mais de 1.500 anos. A nova evidência sugere que a praga “pode ter sido responsável por grandes declínios populacionais que parecem ter ocorrido no final do quarto e início do terceiro milênio da era pré-cristã”, afirmou um pronunciamento da Universidade de Cambridge. Leia a matéria completa no G1 Fontes: G1 e France Press Leia em HCSM: – O Carnaval, a peste e a ‘espanhola’, artigo de Ricardo Augusto dos Santos – O regimento contra a pestilência e a receita do bálsamo: alguns comentários à luz da ‘medicina científica’, artigo de Diana Maul de Carvalho – ¿Rumores, miedo o epidemia? La peste de 1913 y 1914 en la costa atlántica de Colombia, artigo de Jorge Márquez Valderrama – Entre o Carlo R. e o Orleannais: a saúde pública e a profilaxia marítima no relato de dois casos de navios de imigrantes no porto do Rio de Janeiro, 1893-1907, artigo de Fernanda Rebelo – Bioterrorismo e microrganismos patogênicos, artigo de Hermann G. Schatzmayr e Ortrud Monika Barth – “Não é meu intuito estabelecer polêmica”: a chegada da peste ao Brasil, análise de uma controvérsia, 1899, artigo de Dilene Raimundo do Nascimento e Matheus Alves Duarte da Silva – A peste em Exu: a narrativa de Célio Rodrigues, artigo de Tânia Fernandes – Lo público y lo privado en tiempos de peste, artigo de Sandra Caponi