Papel do Brasil na OMS ganha destaque após críticas ao organismo internacional

Julho/2020

Diante da postura reativa dos presidentes dos EUA e do Brasil à Organização Mundial da Saúde (OMS) durante a pandemia de Covid-19, a história da instituição das Nações Unidas, foro da saúde global, ganha ainda mais destaque.  

Sede da Organização Mundial de Saúde em Genebra. Foto: Wikipedia.

Você sabia, por exemplo, que a proposta de criação de uma agência internacional especializada em saúde partiu de um brasileiro e um chinês – o médico paulista Geraldo de Paula Souza e o diplomata Szeming Sze -, à época da fundação da Organização das Nações Unidas, em 1945?

Desde que foi fundada, em 1948, a OMS contou com a colaboração de sanitaristas brasileiros. No artigo “O Brasil e a Organização Mundial da Saúde, OMS“, publicado na atual edição da revista Ciência Hoje (Julho 2020, N 367), o historiador Marcos Cueto, editor-científico da revista HCS-Manguinhos, conta sobre a presença de brasileiros no órgão e reflete sobre o desafio de se manter esta participação ativa.

Pesquisador da Casa de Oswaldo Cruz/Fiocruz, Cueto é co-autor do livro The World Health Organization – A History (A Organização Mundial de Saúde – Uma História, em tradução livre), escrito com Theodore M. Brown e Elizabeth Fee (in memoriam), e lançado em 2019 pela Cambridge University Press. Em HCS-Manguinhos, eles publicaram o artigo A transição de saúde pública ‘internacional’ para ‘global’ e a Organização Mundial da Saúde (vol.13, no.3, set 2006).

Leia no Blog de HCS-Manguinhos:

Cueto: ‘Este é um momento chave para se definir como ficarão as relações entre a ciência e a política’
Editor da revista História, Ciências, Saúde Manguinhos e professor da Casa de Oswaldo Cruz/Fiocruz, Marcos Cueto foi o entrevistado da primeira edição do programa Onda Histórica, da FlacsoRadio, cujo tema foi a pandemia de Covid-19 no contexto do capitalismo, do neoliberalismo e da globalização.

Desigualdade em saúde durante a pandemia: um grito por uma liderança global ética
Dezenas de instituições de saúde, ciência, educação e áreas relacionadas de diversos países, incluindo o Brasil, enviaram uma carta aberta às Nações Unidas pedindo a criação, na OMS, de uma força-tarefa multissetorial para a equidade global em saúde

O Covid-19 e as epidemias da Globalização
“As epidemias regressam para nos recordar da nossa vulnerabilidade ante a enfermidade e o poder”, afirma Marcos Cueto, editor-científico de HCS-Manguinhos, autor de trabalhos sobre epidemias e coautor de livro sobre a OMS

A saúde no contexto global
Primeira edição de HCS-Manguinhos de 2015 traz os dossiês ‘Bioética e diplomacia em saúde’ e ‘Saúde internacional/saúde global’

Leia em HCS-Manguinhos:

Cueto, Marcos e Hochman, Gilberto, Apresentação – Dossiê Saúde Internacional/Saúde Global, Mar 2015, vol.22, no.1

Brown, Theodore M., Cueto, Marcos e Fee, Elizabeth. A transição de saúde pública ‘internacional’ para ‘global’ e a Organização Mundial da Saúde. Set 2006, vol.13, no.3

Em espanhol, leia em HCS-Manguinhos:

Cueto, Marcos. Activismo estadounidense en la historia de la salud internacional. Set 2016, vol.23, no.3.

Cueto, Marcos. La “cultura de la sobrevivencia” y la salud pública internacional en América Latina: la Guerra Fría y la erradicación de enfermedades a mediados del siglo XX. Mar 2015, vol.22, no.1

Cueto, Marcos. Imágenes de la salud, la enfermedad y el desarrollo: fotografías de la Fundación Rockefeller en Latinoamérica.  Feb 1999, vol.5, no.3

Cueto, Marcos and Birn, Anne-Emanuelle. Syllabus del curso: historia social de la salud pública en América Latina. Jun 1996, vol.3, no.1