Nara Azevedo: entusiasta da criação de uma revista única em seu campo

Maio/2019

Para comemorar os 25 anos da revista História, Ciências, Saúde – Manguinhos, pedimos a pessoas chave nessa história que nos dessem depoimentos sobre a sua participação nela até aqui. Estreamos com Nara Azevedo, pesquisadora da Casa de Oswaldo Cruz/Fiocruz e diretora da Casa de dezembro de 2005 a maio de 2013.

Nara Azevedo *

Nara Azevedo. Foto de Jeferson Mendonça.

“Um de nossos projetos mais bem-sucedidos, como atestam seus 25 anos, a revista HCS-Manguinhos é um orgulho para a Casa de Oswaldo Cruz. 

Desde o início fui uma das entusiastas da criação da revista. Lembro de quando começamos a discutir no CD da Fiocruz – Gadelha era o diretor – a ideia de lançar uma revista em uma área que não havia nada similar. Ela seria única em seu campo, o nosso campo, o que estávamos a construir. Salvo engano, eu era chefe de departamento de pesquisa. Nessa época discutíamos também a necessidade de superar a fase das edições caseiras de nossa  produção científica. Pena mas não lembro mais do que isso sobre aquele momento. Não recordo os detalhes e os encaminhamentos. Tenho vaga lembrança das tratativas de pedido de auxílio ao CNPq para mantê-la. Quer dizer, o meu primeiro contato foi esse, a discussão sobre a sua criação. 

Mas não é isso que eu gostaria de deixar registrado nesse momento. E sim um fato que ocorreu muitos anos depois e do qual me orgulho por ter contribuído mais diretamente para a revista. Deve ter sido em 2007, 2008. Eu era diretora da Casa. Junto com Paulo Elian, recebi Jaime e Roberta para uma reunião. Entre outros assuntos sobre a revista, eles perguntaram se poderíamos disponibilizar um orçamento específico para que, a título de experiência, pudessem produzir versões de artigos em inglês. Acho que eles falaram em três ou cinco para começar. Creio que eles estavam sem muita convicção de que poderíamos atender aquela solicitação. Afinal, recursos públicos sempre são escassos. Porém , bons projetos deveriam sempre também ser merecedores de atenção.  E aquele era um bom  e importante projeto. Cabia-nos como gestores arranjar um jeito de obter os meios para viabilizá-lo.  E assim foi feito.

Agora, provocada  pelo seu convite para falar de minha relação com a revista lembrei desse episódio em que tomei a decisão certa para que aquele projeto fosse iniciado. Nem imaginava que ele teria longo curso e cumpriria de modo eficaz o objetivo de lançar a revista em uma plataforma internacional. 

Parabéns a todos que hoje estão a frente de nossa revista, e que dão continuidade a esse trabalho para manter sua excelência científica. Ela foi (e continua sendo) um instrumento fundamental para a  construção da identidade intelectual e profissional da Casa  de Oswaldo Cruz. Meus votos de vida longa e sucesso a revista Manguinhos!”

* Nara Azevedo foi diretora da Casa de Oswaldo Cruz/Fiocruz de dezembro de 2005 a maio de 2013, e é pesquisadora da Casa.

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Baixe a apresentação com depoimentos sobre os 25 anos de HCS-Manguinhos em PDF