Mulheres na ciência é tema de roda de conversa no Jardim Botânico do Rio de Janeiro

Setembro/2022

“Mulheres na ciência, o exemplo da naturalista Maria Sibylla Merian” é o tema da palestra, seguida de roda de conversa, promovida pelo Jardim Botânico do Rio de Janeiro, na próxima segunda-feira (5/9), às 14h. Após a roda de conversa, será feita uma visita guiada à coleção de plantas medicinais e ao arboreto do Jardim Botânico. Participam do evento, gratuito e aberto ao público, as pesquisadoras do JBRJ Alda Heizer e Viviane Fonseca-Kruel, além da professora Fernanda Mariath e o pesquisador Leonardo Baratto, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

O encontro vai discutir por que as mulheres cientistas ainda enfrentam obstáculos em sua trajetória profissional, além da desvalorização delas na história da ciência. Nesse universo, um nome que demanda atenção é o de Maria Sibylla Merian, que não aparece nas listas de naturalistas, mas publicou um livro sobre insetos e plantas do Suriname, após uma expedição científica autofinanciada, alcançando prestígio e reconhecimento em sua época. 

A naturalista e ilustradora científica alemã Maria Sibylla Merian (1647-1717) estudou plantas e insetos. Em 1705, publicou o livro Metamorphosis Insectorum Surinamensium, que influenciou diversos naturalistas. A obra traz informações valiosas sobre plantas úteis e medicinais na América do Sul, enaltecendo a biodiversidade daquela época, o que permite traçar paralelos históricos com os dias atuais. A publicação foi objeto de estudo da farmacêutica Fernanda Mariath, que participará da roda de conversa.

Para participar do encontro, é preciso fazer inscrição prévia pelos telefones (21) 3874-1808/ (21) 3874-1214 ou e-mail cvis@jbrj.gov.br. A atividade é gratuita, havendo cobrança de ingresso somente para entrada no arboreto. 

Fonte: Newsletter do JBRJ (02/09/2022)

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Leia na revista História, Ciências, Saúde – Manguinhos:

Maria Bandeira: uma botânica pioneira no Jardim Botânico do Rio de Janeiro, artigo de Begonha Bediaga, Ariane Luna Peixoto e Tarciso S. Filgueiras  (v. 23, n. 3, jul-set/2016)

O descanso dos naturalistas: uma análise de cenas na iconografia oitocentista, Antunes, Anderson Pereira; Moreira, Ildeu de Castro; Massarani, Luisa Medeiros (vol. 22, n. 3 , jul/set 2015)

Joséphine Schouteden-Wéry no litoral belga: uma bióloga entre o trabalho de campo e a formação de coleções, artigo de Alda Heizer e Aline Cardoso Cerqueira (v. 21, n. 3, jul-set/2014)

A natureza e a cultura no compasso de um naturalista do século XIX: Wallace e a Amazônia, artigo de José Jerônimo de Alencar Alves (vol.18, no.3, set 2011)

Notícias sobre uma expedição: Jean Massart e a missão biológica belga ao Brasil, 1922-1923, artigo de Alda Heizer  (v. 15 n. 3 jul/set 2008)

Um caminho para a ciência: a trajetória da botânica Leda Dau, Azevedo, Nara, Cortes, Bianca Antunes and Sá, Magali Romero (v. 15 n. 3 jul/set 2008)

Conciliar o útil ao agradável e fazer ciência: Jardim Botânico do Rio de Janeiro – 1808 a 1860. Bediaga, Begonha. (vol.14, n. 4, dez 2007)

Suplemento Ciência e Viagens2001

O botânico e o mecenas: João Barbosa Rodrigues e a ciência no Brasil na segunda metade do século XIX.Sá, Magali Romero. 2001, vol .8

Richard Spruce, botânico e desbravador da América do Sul. Seaward, Mark R. D.  Out 2000, vol.7, no.2

Viajantes-naturalistas no Brasil oitocentista: experiência, relato e imagem, artigo de Lorelai Kury, (vol.8, 2001)

Memórias partilhadas: os relatos dos viajantes oitocentistas e a idéia de “civilização do cacau”,artigo de Lucia Maria Paschoal Guimarães (vol.8, 2001)

História e natureza em von Martius: esquadrinhando o Brasil para construir a nação, artigo de Manoel Luiz Salgado Guimarães (vol.7, no.2, out 2000)