Hospital Proletário João Pessoa: limites e possibilidades da saúde do trabalhador na Paraíba de 1930

1o de maio/2021

Neste Dia do Trabalhador, destacamos o artigo O Hospital Proletário João Pessoa: limites e possibilidades para a saúde do trabalhador (Paraíba, anos 1930), do historiador Leonardo Querino Barboza Freire dos Santos, professor do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba e doutor pelo Programa de Pós-graduação em História Social da Universidade de São Paulo.

Detalhe de notícia publicada em A União (p. 8, 02/09/1930). Fonte: Arquivo Digital/A União. Clique para acessar.

O autor discute a tentativa de organização do Hospital Proletário na capital da Paraíba nos anos 1930 a partir da cobertura do jornal A União sobre o episódio. Para angariar os recursos necessários à construção do Hospital Proletário João Pessoa, foi criada uma Confederação Operária Beneficente, formada pela reunião de 19 sociedades trabalhistas da capital, com a finalidade de construir e administrar hospital.

Segundo Santos, o envolvimento de diferentes atores – trabalhadores, associações e médicos – revela a emergência de uma nova forma de pensar e praticar as políticas de saúde. “Conforme o projeto varguista de construção nacional, tais ações visavam à formação de trabalhadores saudáveis, aptos para o mercado e úteis para a nação”, explica.

Para o historiador, apesar do fracasso, o projeto do Hospital Proletário e o engajamento de diversos agentes sociais revelam a convergência de processos históricos em torno da saúde do trabalhador, como a luta do proletariado por melhores condições de vida, a percepção da interdependência sanitária por parte das elites políticas e econômicas e a existência de uma medicina social da força de trabalho na Paraíba.

Leia em HCS-Manguinhos:

O Hospital Proletário João Pessoa: limites e possibilidades para a saúde do trabalhador (Paraíba, anos 1930), artigo de Leonardo Querino Barboza Freire dos Santos (HCS-Manguinhos, v. 27, n.3, jul./set. 2020)