História ambiental do Brasil tem crescimento no século XXI

Dezembro/2020

Um mapeamento da produção de livros sobre a história ambiental do Brasil mostra um crescimento desse campo de investigação entre pesquisadores brasileiros e estrangeiros, sobretudo os de língua inglesa, no século XXI. O estudo será divulgado na próxima edição de HCS-Manguinhos em artigo de José Augusto Pádua, professor da pós-graduação em História Social da Universidade Federal do Rio de Janeiro, e Alessandra Izabel de Carvalho, professora do Programa de Pós-graduação em História da Universidade Estadual de Ponta Grossa, na seção Revisão Historiográfica.

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Pádua participa, nesta quinta-feira, 10/12, às 16h30, da mesa de abertura do I Encontro Virtual de Grupos de Pesquisa e Laboratórios de História Ambiental do Brasil, com a professora Eunice Nodari e o professor Wesley Kettle.

Promovido pelo Laboratório História e Natureza da UFRJ (LabHeN), o evento se encerra no dia seguinte, 11/12, às 17h, com o professor John McNeill falando sobre a sua obra Something new under the sun, que está completando 20 anos. As mesas serão realizadas no Canal do LabHeN no YouTube.

Veja a programação completa.

Mapeamento de livros

Em breve, quando a nova edição de HCS-Manguinhos for lançada, o artigo “A construção de um país tropical: uma apresentação da historiografia ambiental sobre o Brasil” (HCS-Manguinhos, v. 27, n. 4, out-dez/2020) estará disponível em <http://dx.doi.org/10.1590/S0104-59702020000500015>.

O texto apresenta uma visão geral da produção de livros sobre a história ambiental do Brasil. Foram mapeados 55 livros autorais e 30 coletâneas, organizados nas seções “Florestas”, “Agricultura e pecuária”, “Biodiversidade e extração da flora e fauna”, “Dinâmicas urbanas e industriais”, “Regiões, territórios e sociodiversidade” e “Pensamento ambiental e ambientalismo”. A maioria das obras data do século XXI.

Segundo os autores, a produção bibliográfica desta área específica de conhecimento reflete os tempos atuais, em que não é mais possível compreender a realidade sem considerar a amplitude e a força das questões ambientais, com as quais temos historicamente interagido.

“Com esse mapeamento, demonstramos quais têm sido os temas e os recortes espaçotemporais priorizados pelos historiadores ambientais em seus estudos sobre o Brasil. Além disso, buscamos mostrar como as lacunas ainda presentes nessa produção oferecem caminhos promissores para a futura expansão desse campo”, afirmam. O artigo foi produzido com financiamento da Wellcome Trust.