Janeiro/2024
Promoção da saúde ou pura diversão?
Para entender como o esporte, e especificamente, o futebol, se inseriu na vida dos bancários de São Paulo no início dos anos 1930, Gabriela Marta Marques de Oliveira, mestre em Educação Física pela Unicamp e doutoranda do Programa de Pós-graduação em História Comparada da Universidade Federal do Rio de Janeiro, e Edivaldo Góis Junior, professor do Programa de Pós-graduação em Educação da Unicamp, analisaram o periódico Vida Bancaria, veículo de comunicação dos dirigentes da Associação dos Funccionarios de Bancos do Estado de S. Paulo, e examinaram quem eram, como se enxergavam e quais sentidos esses trabalhadores de classe média atribuíam às práticas esportivas.
Os pesquisadores observaram que, enquanto o jornal divulgava o ideal sindicalista e publicava artigos cuja retórica estava próxima à do ideal higienista – muito forte no Brasil naquele momento –, os bancários, ao reivindicarem a organização de uma liga esportiva – a Liga Bancária de Esportes Atléticos (LBEA) -, não tinham o interesse de melhorar sua saúde ou seu potencial para o trabalho, mas sim de buscar um local para praticar o esporte da moda e ter momentos de diversão com seus colegas.
A pesquisa, financiada pela Capes e pelo CNPq, foi publicada na revista História, Ciências, Saúde – Manguinhos (v. 30, 2023).
Leia em História, Ciências, Saúde – Manguinhos:
O esporte, a saúde e a vida bancária: a prática do futebol pelos trabalhadores bancários paulistanos, 1929-1932, artigo de Gabriela Marta Marques de Oliveira e Edivaldo Góis Junior História, Ciências, Saúde – Manguinhos (v. 30, 2023)