Fevereiro/2015
Raphael Kapa | O Globo
Os jornais noticiam: cariocas passam a sofrer com o racionamento, a crise hídrica vira uma realidade, e um representante do Estado, em busca de solução, vê na Floresta da Tijuca uma alternativa para atenuar a falta d’água.
O cenário descrito ilustrou os noticiários esta semana, quando o secretário estadual de Ambiente, André Correa, visitou o parque a fim de avaliar a possibilidade de usar o manancial local para ajudar no abastecimento. Mas também frequentou as manchetes em 1861, quando o imperador Pedro II, em meio a uma das maiores secas de que se tem notícia no Rio, decidiu que a solução estava ali, nas terras (ou, mais propriamente, nas águas) altas da região. Foi essa uma das principais razões de ele ter ordenado a desapropriação das chácaras dos nobres que haviam se instalado nas encostas e o consequente reflorestamento, o maior promovido até então no país.
— O caso da Floresta da Tijuca é emblemático. Quando Dom Pedro II resolveu reflorestar a região, tinha-se se claro que ali havia várias minas de água que eram importantes para a população, principalmente os mais pobres — afirma a historiadora da Universidade Federal Fluminense Marcia Motta, autora do livro “O Rural à la gauche”.
Leia a reportagem completa em O Globo
Leia em HCS-Manguinhos:
Destruição e proteção da Mata Atlântica no Rio de Janeiro: ensaio bibliográfico acerca da eco-história – Artigo de Arthur Soffiati, jul.-out/1997