Março/2015
Bruno de Aragão | Ibram
No ano em que o Rio de Janeiro celebra seus 450 anos, uma mostra inédita oferece a cariocas e visitantes a oportunidade de apreciar de perto a visão de um dos maiores pintores viajantes franceses sobre a “cidade maravilhosa”.
Em cartaz no Centro Cultural Correios, a mostra “O Rio de Janeiro de Debret” apresenta 120 obras originais de Jean-Baptiste Debret (1768-1848). As obras pertencem à Coleção Castro Maya, que reúne a maior coleção de Debret existente no Brasil: são mais de 500 originais do artista sob a guarda do Museu Chácara do Céu, vinculado ao Ibram.
O pintor residiu no Rio de Janeiro entre 1816 e 1831 e durante sua estada pôde acompanhar as grandes transformações pelas quais passava a sociedade brasileira como consequência da vinda da Corte Portuguesa parao Rio de Janeiro em 1808. No Rio, Debret foi testemunha de momentos decisivos e de atos governamentais que iam mudando a feição política, social e cultural do país e também integrante da vida cotidiana da cidade.
Cronista do Rio – A iconografia do Brasil no período de transição de um modo de vida colonial para o de Nação independente ficou monopolizada pelo retrato criado pelo artista através dos desenhos e aquarelas produzidos durante sua estada na Corte, razão pela qual Debret não poderia ficar de fora das comemorações dos 450 anos do Rio de Janeiro.
“Debret é o cronista maior da vida do Brasil na primeira metade do século XIX. Ele acompanhou e documentou visualmente o início do Brasil como Nação independente, especialmente no Rio de Janeiro”, explica a curadora da mostra, Anna Paola Baptista.
A exposição, que tem o apoio institucional do Consulado da França no Rio de Janeiro e é evento oficial da Programação dos 450 anos da cidade, ficará em cartaz até o dia 3 de maio no Centro Cultural Correios, situado na Rua Visconde de Itaboraí, 20, no centro da capital fluminense.
Fonte: Ascom/Ibram
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Alves, José Jerônimo de Alencar. A natureza e a cultura no compasso de um naturalista do século XIX: Wallace e a Amazônia. Hist. cienc. saude-Manguinhos, Set 2011, vol.18, no.3
Santos, Fabiane Vinente dos. “Brincos de ouro, saias de chita”: mulher e civilização na Amazônia segundo Elizabeth Agassiz em Viagem ao Brasil (1865-1866). Hist. cienc. saude-Manguinhos, Abr 2005, vol.12, no.1
Leite, Miriam L. Moreira. Naturalistas viajantes. Hist. cienc. saude-Manguinhos, Fev 1995, vol.1, no.2
Guimarães, Manoel Luiz Salgado. História e natureza em von Martius: esquadrinhando o Brasil para construir a nação. Hist. cienc. saude-Manguinhos, Out 2000, vol.7, no.2
Guimarães, Lucia Maria Paschoal. Memórias partilhadas: os relatos dos viajantes oitocentistas e a idéia de “civilização do cacau”. Hist. cienc. saude, 2001, vol.8
Raminelli, Ronald. Do conhecimento físico e moral dos povos: iconografia e taxionomia na Viagem Filosófica de Alexandre Rodrigues Ferreira. Hist. cienc. saude, 2001, vol.8
Heizer, Alda. Notícias sobre uma expedição: Jean Massart e a missão biológica belga ao Brasil, 1922-1923. Hist. cienc. saude-Manguinhos, Set 2008, vol.15
Jardim, Maria Estela et al. A prática oceanográfica e a coleção iconográfica do rei dom Carlos I. Hist. cienc. saude-Manguinhos, Set 2014, vol.21, no.3
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