Abril/2017
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Inquérito epidemiológico feito pelo Serviço Nacional de Malária, no Pará, em 1953. Foto: Acervo COC/Fiocruz
A malária ainda mata mais de 400 mil pessoas por ano no mundo, segundo a OMS. Em 2017, o
tema do Dia Mundial da Malária é erradicar a malária para sempre, e a OMS tem uma
estratégia para até 2030, assim como um
Plano de Ação para as Américas para até 2020. O Brasil também tem seu próprio
Plano de Eliminação.
A ideia da OMS de erradicar a malária não é nova, data da década de 1950. No Brasil, a doença estava controlada no início do governo de Juscelino Kubitschek, mas em 1958 torna-se a mais importante endemia, justamente quando o Brasil assumiu o compromisso com a OMS de converter seus programas de controle em programas de erradicação. Para isso foi instalado um Grupo de Controle e Erradicação da Malária, sob a direção do malariologista Mário Pinotti. A malária seria uma importante moeda de negociação no contexto da política de desenvolvimento de Kubitschek.
Neste Dia Mundial da Malária, vale a pena reler o artigo
O governo JK e o Grupo de Trabalho de Controle e Erradicação da Malária no Brasil: encontros e desencontros nas agendas brasileira e internacional de saúde, 1958-1961, de
Renato da Silva e Carlos Henrique Assunção Paiva, publicado no
Dossiê Bioética e Diplomacia em Saúde de
HCS-Manguinhos.
Leia em História, Ciências, Saúde – Manguinhos:
O governo JK e o Grupo de Trabalho de Controle e Erradicação da Malária no Brasil: encontros e desencontros nas agendas brasileira e internacional de saúde, 1958-1961. Artigo de Renato da Silva e Carlos Henrique Assunção Paiva (no.1, vol.22,mar 2015)
La “cultura de la sobrevivencia” y la salud pública internacional en América Latina: la Guerra Fría y la erradicación de enfermedades a mediados del siglo XX. Artigo de Marcos Cueto (no.1, vol.22, mar 2015)
Malária como doença e perspectiva cultural nas viagens de Carlos Chagas e Mário de Andrade à Amazônia, artigo de Nisia Trindade Lima
(v.20, n.3, jul.-set 2013)
As representações da malária na obra de João Guimarães Rosa, Lacerda-Queiroz, Norinne, Queiroz Sobrinho, Antônio and Teixeira, Antônio Lúcio (jun 2012, vol.19, no.2).
Dossiê Malária (abr.-jun. 2011)
Malaria epidemics in Europe after the First World War: the early stages of an international approach to the control of the disease, Gachelin, Gabriel and Opinel, Annick (jun 2011, vol.18, no.2)
O medo do sertão: a malária e a Comissão Rondon (1907-1915), Caser, Arthur Torres and Sá, Dominichi Miranda (jun 2011, vol.18, no.2)
Um método chamado Pinotti: sal medicamentoso, malária e saúde internacional (1952-1960), Silva, Renato da and Hochman, Gilberto (jun 2011, vol.18, no.2)
Ferrovias, doenças e medicina tropical no Brasil da Primeira República, Benchimol, Jaime Larry and Silva, André Felipe Cândido da (set 2008, vol.15, no.3)
A malária em foto: imagens de campanhas e ações no Brasil da primeira metade do século XX, Hochman, Gilberto, Mello, Maria Teresa Bandeira de and Santos, Paulo Roberto Elian dos (2002, vol.9)
Leia no blog de HCS-Manguinhos:
Malária, maleita, doença e desejo
Nisia Trindade Lima e
André Botelho discutem as visões do médico Carlos Chagas e do poeta Mario de Andrade sobre a moléstia.
‘Sal Pinotti’ contra malária na Amazônia
No workshop sobre doenças tropicais realizado na Fiocruz,
Rômulo de Paula Andrade abordou a estratégia na Amazônia nos anos 1950 e
Elis Regina Corrêa Vieira falou sobre o papel da imprensa paraense no surto de 1917.
Leia também:
Malaria and quinine resistance: a medical scientific issue between Brazil and Germany (1907–1919), Da Silva AFC, Benchimol JL: . Med Hist 2014, 58:1–26.