Dia Mundial da Malária 2015

Abril/2015

Visitas domiciliares em Moçambique. Foto: Malaria Consortium

Visitas domiciliares em Moçambique. Foto: Malaria Consortium

No dia 25 de abril, pessoas ao redor do mundo participam de uma variedade de atividades para celebrar o Dia Mundial da Malária 2015. A data foi estabelecida e aprovada na 60° Assembleia Mundial de Saúde em março de 2007, em substituição ao Dia da Malária na África, comemorado todos os anos desde 2001 no dia 25 de abril. Neste dia, defensores e cidadãos em todo o mundo trabalham para aumentar a conscientização sobre a malária como uma doença evitável e tratável, além de mobilizar ações para reduzir a imensa carga social e econômica que representa. Números sobre a malária no mundo em 2013
  • Número de casos – 198 milhões.
  • Mortes por malária – 548 mil, sendo 90% na África subsaariana e 78% de crianças até 5 anos.
  • População em risco – 3,2 bilhões (metade da população mundial), dos quais 1,2 bilhões estão em áreas de alto risco.
  • Países afetados – 97 países tem transmissão em curso de malária, sendo 80% das mortes pela doença ocorrem nos 18 países mais afetados. Cerca de 40% das mortes por malária ocorrem em apenas dois países, Nigéria e República Democrática do Congo.
  • Progresso – A taxa de mortalidade por malária foi reduzida no período 2000-2013
    • Globalmente em 47%.
    • Nos países da África membros das Nações Unidas em 54%.
    • 55 países estão envias de reduzir a incidência dos casos de malária em 75%, de acordo com os objetivos da Assembleia das Nações Unidas para 2015.
    • Estes 55 países representam apenas 4% (8 milhões) do total dos casos estimados de malária.
    • 64 países estão a caminho de atingir os Objetivos e Desenvolvimento do Milênio de reverter a incidência de malária (entre 2000 e 2015).
    • Impacto- Entre 2001 e 2013 cerca de 4.2 milhões de vidas foram salvas como resultado da ampliação das intervenções em malária. 97% deles (4.1 milhões) das vidas que foram salvas pertencem ao grupo de crianças menores de 5 anos de idade que vivem na África subsaariana.
    • Gastos estimados necessários em saúde – US$ 5,1 bilhões por ano. Em 2013, o gasto total mundial com intervenções em malária foi de 2,6 bilhões, a metade do que se necessita.
    • Carga financeira da doença – Custo direto: US$ 12 bilhões por ano em perdas diretas. Perde-se 1,3% do PIB anual da África.
Inseticida para controlar os insetos. Foto: www.worldmalariaday.org

Foto: www.worldmalariaday.org

A malária é causada por um parasita denominado Plasmodium, que é transmitido através das picadas de mosquitos do gêneroAnopheles infectados. No corpo humano, os parasitas multiplicam-se no fígado, e em seguida, infectam as células vermelhas do sangue (hemácias). São conhecidas mais de 100 espécies de Anopheles que podem transmitir malária, porém apenas 30-40 transmitem mais comumente o parasita em regiões endêmicas. Anopleles gambiae é o mais conhecido, por seu papel na transmissão da espécie do parasita mais perigoso para os humanos, o Plasmodium falciparum. Os sintomas da malária incluem febre, dor de cabeça e vômitos, e geralmente aparecem entre 10 e 15 dias após a picada do mosquito. Se não for tratada, a malária pode rapidamente tornar-se um risco de vida por alterar o fornecimento de sangue aos órgãos vitais. Em muitas partes do mundo, os parasitas desenvolveram resistência a um número de medicamentos contra a malária. As principais intervenções para controlar a malária incluem: tratamento rápido e eficaz com terapias combinadas à base de artemisinina; uso de redes embebidas em inseticidas em regiões em situação de risco; e pulverização residual de interiores com inseticida para controlar os mosquitos vetores. Informação científica e técnica em malária A BIREME/OPAS/OMS disponibiliza documentos da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) sobre os temas do Dia Mundial da Malária 2015. Consulte também a BVS Doenças Infecciosas e Parasitárias, que inclui informação sobre malária e outras enfermidades transmitidas por vetores. Fontes: Opas/OMSPágina da OMS sobre malária e World Malaria Day – portal do Dia Mundial da Malária Leia em História, Ciências, Saúde – Manguinhos: Malária como doença e perspectiva cultural nas viagens de Carlos Chagas e Mário de Andrade à Amazôniaartigo de Nisia Trindade Lima  (v.20, n.3, jul.-set 2013) As representações da malária na obra de João Guimarães RosaLacerda-Queiroz, Norinne, Queiroz Sobrinho, Antônio and Teixeira, Antônio Lúcio (jun 2012, vol.19, no.2). 2011_numero02Dossiê Malária (abr.-jun. 2011) Malaria epidemics in Europe after the First World War: the early stages of an international approach to the control of the diseaseGachelin, Gabriel and Opinel, Annick (jun 2011, vol.18, no.2) O medo do sertão: a malária e a Comissão Rondon (1907-1915), Caser, Arthur Torres and Sá, Dominichi Miranda (jun 2011, vol.18, no.2) Um método chamado Pinotti: sal medicamentoso, malária e saúde internacional (1952-1960)Silva, Renato da and Hochman, Gilberto (jun 2011, vol.18, no.2) Ferrovias, doenças e medicina tropical no Brasil da Primeira República, Benchimol, Jaime Larry and Silva, André Felipe Cândido da (set 2008, vol.15, no.3) A malária em foto: imagens de campanhas e ações no Brasil da primeira metade do século XX, Hochman, Gilberto, Mello, Maria Teresa Bandeira de and Santos, Paulo Roberto Elian dos (2002, vol.9) Leia também: Malaria and quinine resistance: a medical scientific issue between Brazil and Germany (1907–1919)Da Silva AFC, Benchimol JL: . Med Hist 2014, 58:1–26. Leia no blog de HCS-Manguinhos: Malária, maleita, doença e desejo Nisia Trindade Lima e André Botelho discutem as visões do médico Carlos Chagas e do poeta Mario de Andrade sobre a moléstia.