Abril/2015
Diretor da Organização Pan-americana da Saúde (Opas/OMS) de 1958 a 1975, o chileno Abraham Horwitz (1910-2000) destacou-se por promover a mediação entre saúde e desenvolvimento com um sentido humanístico, caro à tradição sanitarista. Para Horwitz, as políticas sociais e a atenção às conexões entre saúde, adoecimento e trabalho deveriam estar na pauta das ações de cooperação internacional.
No artigo A saúde na alvorada do desenvolvimento: o pensamento de Abraham Horwitz, publicado em HCS-Manguinhos (vol.22, n.1, Jan./Mar. 2015), os autores Fernando A. Pires-Alves e Marcos Chor Maio, da Casa de Oswaldo Cruz/Fiocruz, remontam o contexto da realização, em 1961, da Reunião Extraordinária do Conselho Interamericano Econômico e Social da Organização dos Estados Americanos (OEA), também denominada Conferência de Punta del Este (Uruguai). Nesta reunião foi celebrada a Aliança para o Progresso, um programa de assistência econômica e social para a América Latina proposto e liderado pelos EUA. O encontro definiu os termos da cooperação interamericana e aprovou o Plano Decenal de Saúde Pública da Aliança para o Progresso.
Dividido em quatro partes, o artigo discute: a natureza e o papel das organizações multilaterais na produção de políticas; o desenvolvimento como filosofia pública da cooperação internacional no período em questão; as tendências da agenda diplomática e da cooperação interamericana na passagem das décadas de 1950 e 1960; e as formulações do diretor da Opas acerca das relações entre saúde e desenvolvimento.
Leia em HCS-Manguinhos:
A saúde na alvorada do desenvolvimento: o pensamento de Abraham Horwitz, artigo de Fernando A. Pires-Alves e Marcos Chor Maio (vol.22, n.1, Jan./Mar. 2015)
Sumário da edição no Scielo – Dossiês ‘Bioética e diplomacia em saúde’ e ‘Saúde internacional/saúde global’ (vol.22, n.1, Jan./Mar. 2015)