Maio/2023
Foto: site/Opas
A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou no dia 5 de maio de 2023 o fim da Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII) referente à covid-19. A decisão foi tomada pelo diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, após receber a recomendação do Comitê de Emergência encarregado de analisar periodicamente o cenário da doença.
Durante a 15ª sessão deliberativa do Comitê, na quarta-feira (4/5), seus membros destacaram a tendência de queda nas mortes por covid-19, o declínio nas hospitalizações e internações em unidades de terapia intensiva relacionadas à doença, bem como os altos níveis de imunidade da população ao SARS-CoV-2, coronavírus causador dessa enfermidade.
O fim da Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional não significa que a covid-19 tenha deixado de ser uma ameaça à saúde. A propagação mundial da doença continua caracterizada como uma pandemia, tendo tirado uma vida a cada três minutos apenas na semana passada. “O que essa notícia significa é que está na hora de os países fazerem a transição do modo de emergência para o de manejo da covid-19 juntamente com outras doenças infecciosas”, destacou Tedros Adhanom.
Jarbas Barbosa, diretor da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), saudou a decisão do diretor-geral da OMS de aceitar a recomendação do Comitê de Emergência. “Não devemos baixar a guarda, precisamos continuar vacinando os grupos vulneráveis e fortalecendo a vigilância. Também é hora de nos concentrarmos em nos preparar melhor para futuras emergências e reconstruir melhor para um futuro mais saudável e sustentável”, destacou Barbosa.
Emergência
Em 30 de janeiro de 2020, a OMS decretou a covid-19 como uma Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII), o mais alto nível de alerta da Organização, conforme previsto no Regulamento Sanitário Internacional. Foram levados em conta vários aspectos epidemiológicos, incluindo o potencial de transmissão, a população suscetível, a severidade da doença, a capacidade de impactar viagens internacionais, entre outros fatores específicos.
No dia 11 de março de 2020, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, anunciou que a covid-19 estava caracterizada como uma pandemia.
Fonte: Opas
Veja o que já publicamos nos blogs nacional e internacional e conheça a Seção Testemunhos Covid-19 que a revista História, Ciências, Saúde – Manguinhos produziu durante a pandemia:
Leia na revista HCS-Manguinhos:
Discovery of drugs to combat covid-19 inspired by traditional Chinese medicine, artigo de Jianan Huang (Testemunhos Covid, vol. 30 • 2023)
Israel y covid-19: ¿cómo se escribirá en el futuro la historia de la epidemia en este país?, artigo de Leo Corry (Testemunhos Covid, volume 29, número 3, jul/set 2022)
Historia en tiempos pandémicos: covid-19 en Latinoamérica, artigo de Claudia Agostoni, Karina Ramacciotti e Gabriel Lopes (Debate, volume 29, número 2, abr/jun 2022)
Covid-19, a diáspora chinesa e o legado duradouro do racismo no Peru, artigo de José Ragas e Patricia Palma (Análise, volume 29, número 2, abr/jun 2022)
Leia os artigos publicados nas seções Testemunhos Covid em edições anteriores:
HCS-Manguinhos, v. 29, n. 1, jan/mar 2022
HCS-Manguinhos, v. 28, n. 4, out/dez 2021
HCS-Manguinhos, v. 28, n. 3, jul/set 2021
HCS-Manguinhos, v. 28, n. 2, abr/jun 2021
HCS-Manguinhos, v. 28, n. 1, jan./mar 2021
E no Blog de HCS-Manguinhos, o Especial História e Coronavírus:
O Brasil tem tradição em vacinação infantil, o que tornou possível a erradicação da varíola e da poliomielite no país. E temos um personagem-símbolo, amado pelas crianças, o Zé Gotinha, criado em 1986 pelo artista plástico mineiro Darlan Rosa.
E-book organizado pelos historiadores Ana Paula Korndörfer, Daiane Rossi, Cristiano Enrique de Brum e Eliane Cristina Deckmann Fleck está disponível para download gratuito. Marcos Cueto, editor-científico de
HCS-Manguinhos, assina o prefácio.
Valdei Araujo, presidente da Anpuh e ex-editor da Revista Brasileira de História – RBH, discute fake news e CPI
Para Silvia Liebel, editora-chefe da revista
Varia Historia, é preferível aguardar a tão ansiada volta à normalidade para publicar um artigo de qualidade do que submeter artigos de qualidade duvidosa
Realizados em conjunto e online, o 4º Encontro Luso-brasileiro de História da Medicina Tropical e o 2º Simpósio Nacional de História das Doenças e Artes de Curar atingiram um público muito maior e mais diverso do que versões presenciais anteriores – e seguem atingindo! O
Blog de HCS-Manguinhos conversou com os organizadores André Mota (FMUSP) e Tânia Salgado Pimenta (COC/Fiocruz) sobre fazer história em tempos pandêmicos e frente a negacionismos.
Para o historiador Carlos Henrique Assunção Paiva, fenômeno expressaria uma conduta “socialmente aceita” de parte da sociedade brasileira
“O novo coronavírus atravessou fronteiras e transformou a humanidade num quadro dantesco, como aquele que se apresenta hoje pelo mundo, e que em Portugal atingiu neste momento o ponto mais crítico”, afirma Isabel Amaral, coordenadora do Programa Doutoral em História, Filosofia e Patrimônio da Ciência e da Tecnologia, FCT NOVA, em Portugal.
Um ano após a Organização Mundial de Saúde declarar emergência de saúde pública de preocupação internacional, doença atinge 100 milhões de pessoas e mata 2,1 milhões
Veja o que HCS-Manguinhos publicou desde 1996, com destaque a suplemento temático de 2003
Periódico científico da Casa de Oswaldo Cruz/Fiocruz ressalta papel dos profissionais para a sociedade
HCS-Manguinhos publica resenha de Jonatan Sacramento e Maria Conceição da Costa para o livro
Infectious change: reinventing Chinese public health after an epidemic, de Katherine A. Mason (Stanford University Press/2016)
Resenha da coletânea The politics of vaccination: a global history discute políticas de vacinação e suas imersões no cenário global
A Carta do Editor, assinada pelo editor-científico Marcos Cueto, evidencia o problema das desigualdades sociais diante de epidemias, a pobreza dos sistemas de saúde sob ataque do neoliberalismo, a vulnerabilidade dos pobres, a insuficiência dos programas sociais para redução da pobreza e a perigosa aliança entre neoliberais e evangélicos em muitos países latino-americanos
Leia a íntegra da Carta do Editor desta edição (v. 27, n. 3, jul./set. 2020), por Marcos Cueto, editor-científico de
HCS-Manguinhos e pesquisador da Casa de Oswaldo Cruz/Fiocruz
Há cerca de cem anos, a interação entre grupos de cientistas destes três países – e não seus esforços isolados – levou a importantes inovações, como soros, vacinas e formas de combate a vetores, afirma o historiador Matheus Alves Duarte da Silva na sua tese de doutorado apresentada à Ehess, em Paris
“O desafio é entender como as pessoas reagem ao medo da doença, à disseminação de informações falsas, como recebem e processam as informações, fazendo com que compartilhem ou não procedimentos considerados mais convenientes”, afirma Beatriz Teixeira Weber, professora da UFSM, no especial História e Coronavírus do
Blog de HCS-Manguinhos.
A frase que circulava nas redes sociais se concretizou em Minas Gerais, conta Anny Jackeline Torres Silveira, professora da UFOP e do Programa de Pós-Graduação em História da UFMG, no especial História e Coronavírus, do
Blog de HCS-Manguinhos. De março até meados de maio, graças à rapidez na decisão pelo distanciamento social e à sua observação satisfatória pela população, a Covid seguia sob controle, mas a reabertura levou ao aumento dos casos.
“Precisamos, mais do que nunca, refletirmos sobre o nosso ofício e o nosso papel social nesse grande laboratório que é a vida”, afirma Sandro Dutra e Silva no especial História e Coronavírus, do
Blog de HCS-Manguinhos.
Província de Nampula tem rápida propagação de casos. Para Cardoso Armando, doutorando em Estudos Étnicos e Africanos na Universidade Federal da Bahia, pode haver grande subnotificação.
“A maioria dos sul-africanos vive em favelas densamente povoadas, nas quais o distanciamento é extremamente difícil, se não for impossível”, conta Colin Darch, da Universidade da Cidade do Cabo.
Livio Sansone, professor titular de antropologia da UFBA, apresenta lados negativos e positivos em mesa internacional
“As assimetrias nos modos de viver, adoecer e morrer na região sublinham as discrepâncias históricas da cidadania no Brasil”, afirma Érico Silva Muniz, professor de História da Universidade Federal do Pará, no especial
História e Coronavírus do
Blog de HCS-Manguinhos.
Almir Leal de Oliveira, professor de História da Universidade Federal do Ceará, conta que os casos se deslocaram rapidamente da parte mais rica de Fortaleza para os bairros mais populosos e pobres. “A dinâmica da expansão da epidemia no Ceará foi determinada pelas condições locais que apontam a desigualdade social e a densidade populacional”, escreve no
Blog de HCS-Manguinhos.
“A situação de excepcionalidade não dá ao governo federal o direito de criar barreiras no acesso à educação, sobretudo a crianças e adolescentes que já se encontram em situação de vulnerabilidade”, afirma Rodrigo Cesar da Silva Magalhães, professor de História do Colégio Pedro II e doutor em História das Ciências e da Saúde pela COC/Fiocruz)
Professora do Departamento de Sociologia e Ciência Politica da Universidade Federal de Santa Catarina, Sandra Caponi conta que as medidas de isolamento social adotadas rapidamente pelo governo estadual e a prefeitura de Florianópolis, inicialmente muito bem sucedidas e que contaram com o compromisso da população, sofreram interferências do presidente Bolsonaro e de empresários locais alinhados com ele, com terríveis consequências.
O historiador Rogério Rosa Rodrigues explica por que a pesquisa básica, as humanidades e as ciências sociais merecem ser consideradas áreas prioritárias
Embora o estado seja, entre os do sul do Brasil, o que apresenta maior notificação de casos e mortes, autoridades vêm liberando atividades comerciais e o isolamento social. Com o pico da pandemia previsto para coincidir com a chegada do inverno, a sociedade paranaense precisará de toda estrutura do sistema público de saúde e apoio das universidades públicas, afirma o historiador
Vanderlei Sebastião de Souza, da Unicentro Paraná, no especial ‘História e coronavírus’ no
Blog de HCS-Manguinhos
André Mota
“Os empestados são os
de fora”, afirma o historiador
André Mota (FMUSP), com base em estudos sobre a esquistossomose na cidade de São Paulo de 1930 a 1970. Leia artigo do pesquisador especialmente para o
Blog de HCS-Manguinhos
Pesquisador da história social do trabalho, o historiador Antonio Luigi Negro – o Gino -, professor da Universidade Federal da Bahia, deu entrevista ao
Blog de HCS-Manguinhos e ao programa
Labuta, do Laboratório de Estudos da História dos Mundos do Trabalho da UFRJ
Historiadores estrangeiros analisam o avanço do Covid-19 em seus países no Blog de HCS-Manguinhos internacional
Suplemento temático oferece um recorte provocativo, que deixa de lado a tradicional dicotomia “animais humanos/animais não humanos” e enfatiza as relações entre espécies, sem hierarquias
“Os animais estão deixando de ser coadjuvantes passivos para se tornarem coprodutores da história”, afirma Regina Horta Duarte, uma das editoras convidadas de número especial de
HCS-Manguinhos
Sete artigos abordam múltiplos aspectos da história das epidemias no Brasil e na América Latina