Abril/2015
Independentemente dos interesses e das assimetrias de poder que existem na Cooperação Sul-Sul, os objetivos dessas cooperações foram alcançados graças ao trabalho técnico brasileiro, sobretudo na área de saúde. É o que concluem Roberta de Freitas Campos e Mateus Rodrigues Cerqueira no artigo “Cooperação Sul-Sul: experiências brasileiras na América do Sul e na África”, publicado na última edição da revista História, Ciências, Saúde – Manguinhos (vol.22, no.1, jan./mar. 2015).
O artigo descreve as principais diretrizes de política externa brasileira e conceitua e caracteriza a Cooperação Sul-Sul a partir da análise de duas iniciativas de cooperação técnica em saúde do Brasil: na América do Sul e na África. Para os autores, o Brasil desempenhou, nos últimos anos, um papel ativo no contexto internacional, tanto por seu modelo de inserção internacional como pelas diretrizes de política externa. O setor saúde, especificamente, representou uma ferramenta valiosa e estratégica utilizada pela cooperação técnica brasileira para lograr seus objetivos de desenvolvimento.
O estudo teve como ponto de partida a preocupação quanto à posição que o Brasil ocupa – ou pretende ocupar – no cenário internacional e como esta posição se reflete em termos de política externa e de projetos colaborativos com outros países, principalmente na área da saúde. As principais indagações referem-se ao modelo de cooperação técnica internacional que o país adota com seus parceiros, quais objetivos pretende alcançar e que resultados gera internamente e nos países com os quais coopera. A pesquisa também buscou possibilitar o planejamento e a estruturação de ações.
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