Novembro/2015
No decorrer do século 20, grande parte das cooperações científicas do Brasil com o exterior foi feita espontaneamente, sem formalização ou chancela do Estado. Em 1901, Henrique da Rocha Lima, um dos jovens cientistas que auxiliavam Oswaldo Cruz no Instituto Soroterápico de Manguinhos (embrião da atual Fundação Oswaldo Cruz/Fiocruz), embarcou para Berlim com intuito de completar seus estudos em medicina. Tornou-se o principal articulador desse intercâmbio.
“Cooperar e competir representam duas dimensões constitutivas do fazer científico desde que este se organizou como prática autolegitimada”, avalia o historiador e pesquisador André Felipe Cândido da Silva, da Casa de Oswaldo Cruz/Fiocruz , editor científico da revista História, Ciências, Saúde – Manguinhos.
Leia a reportagem completa na Revista de Manguinhos:
Fio da História: Conexão Brasil-Alemanha
Cooperação espontânea marca a relação científica entre os dois países no início do século 20
Leia em HCS-Manguinhos:
Dossiê Brasil – Alemanha: relações médico-científicas
Leia no Blog de HCS-Manguinhos:
Germanofilia de Rocha Lima marcou sua ‘persona’ científica
Para André Felipe Cândido da Silva, o cientista não ficou famoso por causa da sua ligação com a medicina germânica inclusive durante o nazismo.
Rocha Lima: germanofilia e intercâmbio científico
Promotor das relações médico-científicas entre Brasil e Alemanha na primeira metade do século XX, ele teve sua postura política questionada
Pai da eugenia no Brasil ficou obscuro na história
Defensor da ‘higiene racial’, o médico Renato Kehl assumiu a propaganda eugênica como missão política e intelectual entre 1917 e 1940
Se é Bayer…
Empresa alemã usava periódicos para promover seus produtos entre médicos e farmacêuticos brasileiros na primeira metade do século XX
Os inimigos invisíveis do império alemão
Imprensa em língua alemã ‘combatia’ doenças tropicais em colônias na África e no Brasil
Brasil: paraíso ou inferno
No artigo “Insalubridade, doenças e imigração: visões alemãs sobre o Brasil”, Karen Macknow Lisboa investiga escritos de viajantes alemães envolvidos com a questão imigratória desde o contexto do Império alemão até a ascensão do nazismo e o III Reich.
Cooperação científica do Brasil com a França e a Alemanha entre 1919 e 1940 é tema de estudo
Magali Romero Sá investiga diferenças nos relacionamentos com os dois países
Pontes continentais?
As teorias do cientista alemão Hermann von Ihering são discutidas em artigo de Maria Margaret Lopes e Irina Podgorny
Diplomatas no laboratório
Projeto investiga o intercâmbio científico entre o Brasil e a Alemanha nazista