Colônias de férias e reforma social na Argentina

 Dezembro/2015

No início do século XX, surgem na Argentina as colônias de férias de verão para crianças fracas. Realizadas por organizações médicas e filantrópicas, eram experiências educativas e de saúde que marcam a reforma social no país. No artigo Del turismo escolar y sanitario infantil al turismo social: colonias de vacaciones en la Provincia de Buenos Aires, Argentina, Perla Bruno, professora da Faculdade de Arquitetura, Urbanismo e Desenho da Universidade Nacional de Mar del Plata, analisa experiências realizadas por instituições governamentais ou religiosas na província de Buenos Aires. Segundo a autora, os locais são “marcas” físicas e culturais que resumem as ideias sobre espaço de lazer e de cura em ambientes naturais singulares. Concebidas como antecedentes do turismo social, as colônias atendiam aos mais desprotegidos: primeiro as crianças, depois os mais pobres. O texto analisa três momentos diferentes: o primeiro aborda as colônias de férias realizadas nas primeiras décadas do século XX que respondiam necessidades sanitárias, principalmente a luta contra a tuberculose; o segundo, nos anos 1930, foi orientado fundamentalmente a atividades de fortalecimento do corpo de jovens e crianças através do exercício físico e da vida ao ar livre; e por fim de 1946 a 1952, quando o turismo já é considerado uma necessidade nacional e as colônias recebem não apenas crianças, mas famílias inteiras.