Dezembro/2020
Um mapeamento da produção de livros sobre a história ambiental do Brasil mostra um crescimento desse campo de investigação entre pesquisadores brasileiros e estrangeiros, sobretudo os de língua inglesa, no século XXI. O estudo está divulgado na seção Revisão Historiográfica da nova edição de HCS-Manguinhos (v. 27, n. 4, out-dez/2020), em artigo de José Augusto Pádua, professor da pós-graduação em História Social da Universidade Federal do Rio de Janeiro, e Alessandra Izabel de Carvalho, professora do Programa de Pós-graduação em História da Universidade Estadual de Ponta Grossa.
O artigo A construção de um país tropical: uma apresentação da historiografia ambiental sobre o Brasil apresenta uma visão geral da produção de livros sobre a história ambiental do Brasil. Foram mapeados 55 livros autorais e 30 coletâneas, organizados nas seções “Florestas”, “Agricultura e pecuária”, “Biodiversidade e extração da flora e fauna”, “Dinâmicas urbanas e industriais”, “Regiões, territórios e sociodiversidade” e “Pensamento ambiental e ambientalismo”. A maioria das obras data do século XXI.
Segundo os autores, a produção bibliográfica desta área específica de conhecimento reflete os tempos atuais, em que não é mais possível compreender a realidade sem considerar a amplitude e a força das questões ambientais, com as quais temos historicamente interagido.
“Com esse mapeamento, demonstramos quais têm sido os temas e os recortes espaçotemporais priorizados pelos historiadores ambientais em seus estudos sobre o Brasil. Além disso, buscamos mostrar como as lacunas ainda presentes nessa produção oferecem caminhos promissores para a futura expansão desse campo”, afirmam.
O artigo foi produzido com financiamento da Wellcome Trust.
Leia em HCS-Manguinhos:
A construção de um país tropical: uma apresentação da historiografia ambiental sobre o Brasil, artigo de José Augusto Pádua e Alessandra Izabel de Carvalho (v. 27, n. 4, out-dez/2020)