Artigo explora a interface entre história, ciência e literatura na poesia de Augusto dos Anjos

Abril/2018

Noite. Cruzes na estrada. Aves com frio… E, enquanto eu tropeçava sobre os paus, A efígie apocalíptica do Caos Dançava no meu cérebro sombrio! Trecho de “A viagem de um vencido”, poesia de Augusto dos Anjos (1884-1914)

Em #20deabril de 1884 nascia o poeta brasileiro Augusto dos Anjos, cuja poesia é marcada por versos angustiados, uma dimensão existencial e um vocabulário repleto de termos científicos, que refletiam concepções neurocientíficas da transição entre os séculos XIX e XX. A interface entre história, ciência e literatura na obra do poeta é explorada no artigo A poética de Augusto dos Anjos e a neuropsiquiatria no fin de siècle, publicado nesta edição de HCS-Manguinhos (vol.25, no.1, jan./mar. 2018), de Leonardo Cruz de Souza, Ana Carolina Sarquis Salgado, Maurício Viotti Daker, Francisco Cardoso e Antônio Lúcio Teixeira, da UFMG. Os autores mostram como a poesia de Augusto dos Anjos repercute o viés organicista da psiquiatria daquela época, geralmente personificado na figura de Emil Kraepelin,  e exploram os conteúdos ideológicos presentes na obra, como a perspectiva darwinista e a tensão entre o dualismo e o monismo materialista. “A leitura atenta da poesia anjelista permite romper com a noção de um escritor enclausurado na caverna da própria angústia e lança luzes sobre uma gruta plena de preciosas reflexões existenciais, históricas e filosóficas”, afirmam os autores. Leia em HCS-Manguinhos: A poética de Augusto dos Anjos e a neuropsiquiatria no fin de siècle, artigo de Leonardo Cruz de Souza, Ana Carolina Sarquis Salgado, Maurício Viotti Daker, Francisco Cardoso e Antônio Lúcio Teixeira (vol.25, no.1, jan./mar. 2018) Para download: “Eu”, livro de Augusto dos Anjos disponibilizado pela Fundação Biblioteca Nacional