Outubro/2017
A nova edição de História, Ciências, Saúde – Manguinhos (vol.24, no.3, jul./set. 2017) traz uma análise extremamente atual sobre os desvios da avaliação da produtividade científica. Através da reconstrução histórica do processo do desenvolvimento das métricas de avaliação e das atuais estratégias de aplicação, os autores Marcos Antônio Mattedi e Maiko Rafael Spiess, do Núcleo de Estudos da Tecnociência da Universidade Regional de Blumenau, sustentam que uma nova agenda de avaliação deve contornar três obstáculos estabelecidos pela metrificação: o papirocentrismo – o artigo científico não pode ser considerado o centro da avaliação científica; o produtivismo – um bom pesquisador não pode ser considerado como um bom pontuador; e o mimetismo – o reconhecimento internacional não pode ser considerado um parâmetro para certificação do conhecimento.
Para os autores, a metrificação encerra um paradoxo intrigante: quanto mais a avaliação da produtividade científica se aperfeiçoa tecnicamente, menor a confiança dos cientistas; quanto maior a objetividade, menor a credibilidade. “A metrificação transforma um padrão de comunicação científica em parâmetro de avaliação para toda produção científica”, afirmam.
Leia em HCS-Manguinhos:
A avaliação da produtividade científica, artigo de Marcos Antônio Mattedi e Maiko Rafael Spiess (vol.24, no.3, jul./set. 2017)
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Como citar este post:
Artigo analisa os desvios da avaliação da produtividade científica. Blog de História, Ciências, Saúde – Manguinhos, 2017. Publicado em 19 de outubro de 2017. Acesso em 19 de outubro de 2017. Disponível em http://www.revistahcsm.coc.fiocruz.br/artigo-analisa-os-desvios-da-avaliacao-da-produtividade-cientifica