Abril/2022
O quanto os chamados “desastres naturais” realmente têm de naturais e o que é consequência das formas como as sociedades humanas se relacionam com a natureza, em especial nos últimos dois séculos, com a intensificação dos processos de exploração?
Dois anos após a definição da covid-19 como pandemia pela Organização Mundial da Saúde, o VIII Congresso de Historiadores de Ciências e Humanidades tem como tema central “A natureza como problema das ciências e humanidades. Deterioração ambiental e desastres”. Promovido pela organização Historiadores de Ciências e Humanidades (HCH) e a Faculdade de Ciências Antropológicas da Universidade Autônoma de Yucatán, México, o congresso será realizado em meio virtual, de 5 a 8 de abril de 2022.
Na terça-feira, 5/4, o historiador Marcos Cueto, editor-científico da revista HCS-Manguinhos e professor da Casa de Oswaldo Cruz/Fiocruz, fará a palestra de abertura, intitulada “Velhos e novos temas para a história da saúde a partir da pandemia de Covid-19 no Brasil”. Cueto é presidente da Divisão de História da Ciência e da Tecnologia da International Union of History and Philosophy of Science and Technology (DHST/IUHPST) até 2025.
O Congresso pretende estimular uma reflexão coletiva sobre como a visão de natureza construída através dos conhecimentos sobre flora, fauna, geologia, processos evolutivos e extinção em massa de espécies se coloca diante de fenômenos naturais associados a desastres sociais; como o desenvolvimento tecnocientífico nos últimos séculos está ligado à deterioração ambiental; e como a percepção disso se desdobra em atividades inovadoras nas ciências e nas humanidades.
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