Julho/2020
esquisadora do Departamento de Arquivo e Documentação da Casa de Oswaldo Cruz/Fiocruz
Erguido em meio a um manguezal, com instrumentos e elementos estranhos à natureza tropical circundante, o edifício cujos ângulos foram eternizados em centenas de imagens, e seus detalhes arquitetônicos expostos cirurgicamente, fez do contraste vigor estético. Se isso não bastasse, um século após o término de sua construção (1918), os registros fotográficos que dele se produziram, cheios de sombra e luz, profundidade e relevo, curva e traçado retilíneo, tornaram o monumento documento. Simbolicamente, seu atributo como patrimônio histórico e cultural da nação o converteu em peça de resistência e também representante estático – porém vivo e ativo – da ciência nacional.
Documento de temporalidades múltiplas enfeixadas pelo desejo de memória de uma instituição centenária, o conjunto de mais de 12 mil negativos de vidro e cópias fotográficas em papel do Castelo Mourisco, em Manguinhos, Rio de Janeiro, está acessível no arquivo histórico do Instituto Oswaldo Cruz (IOC), sob a guarda do Departamento de Arquivo e Documentação da Casa de Oswaldo Cruz (DAD/COC/Fiocruz). Esse arquivo, que representa documentalmente a trajetória da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), faz com que se estabeleça uma via para experiências, no presente, com as imagens do castelo feitas no passado.
Leia o artigo completo em HCS-Manguinhos:
A construção do castelo de Manguinhos no arquivo fotográfico do Instituto Oswaldo Cruz (vol.27 no.2 Rio de Janeiro abr./jun. 2020).