Fevereiro/2014
“A pessoa entra em uma UTI e começa a ser invadida, sem ninguém explicar nem perguntar nada: um cateter na veia, um cateter na bexiga. Atacam o paciente de diversas formas, e ele não tem direito nem de saber o que está acontecendo. O hospice é exatamente para evitar que isso aconteça, para ensinar à pessoa que, mesmo no curso daquela doença, é possível aproveitar seus últimos dias.”
“A humanidade hoje está muito egoísta, não pensa no próximo. É o maior engano. A humanidade tem um potencial enorme de doar ao próximo. Ela precisa ser estimulada a isso e acreditar que essa ação é gratificante.”
“Em todas as instituições do mundo que aproveitam voluntários, os resultados são extremamente superiores em todas as etapas, até no resultado do tratamento.”
No Dia Mundial do Câncer, destacamos trechos da entrevista do cirurgião Marcos Fernando de Oliveira Moraes, presidente da Fundação do Câncer no Rio de Janeiro, a Claudia Jurberg, Jaime Benchimol, Luiz Antonio Teixeira e Ruth Martins, publicada em História, Ciências, Saúde – Manguinhos (vol. 17, supl. 1, jul/2010).
Na entrevista, ele fala sobre o primeiro hospice no Rio de Janeiro – “um lugar para onde as pessoas vão para aproveitar da melhor maneira possível o resto de vida que têm” – e sobre programas de voluntariado, tratamento humanizado e a importância da prevenção e do diagnóstico precoce.
Veja o sumário da edição de História, Ciências, Saúde – Manguinhos toda dedicada ao câncer