Dezembro/2013
Uma das fotos da exposição retrata demonstração de abertura de ovo e retirada de embrião para preparo da vacina anti-amarílica (1943). Foto: Sílvio Cunha
Cerca de 9 mil imagens do acervo de negativos de vidro, a maior parte do Instituto Oswaldo Cruz (IOC), foram digitalizadas pelo Departamento de Arquivo e Documentação da Casa de Oswaldo Cruz (DAD/COC/Fiocruz). Parte desse trabalho compõe a exposição permanente de fotografias, no corredor do prédio da Expansão do campus da Fiocruz em Manguinhos, no Rio de Janeiro. São 38 imagens, divididas em 16 grupos, algumas medindo 60cm x 85cm (as menores) e outras 85cm x 120cm, mais três panorâmicas com dimensão de 50cm x 120cm, dos fundos IOC e Rockefeller. Duas imagens ainda maiores, com pouco mais de 200cm x 200cm, posicionadas de modo estratégico, recepcionam o público no halldos elevadores, onde foram colocadas dias antes da abertura da mostra “Imagens em Negativo de Vidro da Casa de Oswaldo Cruz”, em 19 de dezembro. As fotos são de Oswaldo Cruz e Carlos Chagas, patrono da Fundação e seu discípulo, cuja imagem aparece autografada. De acordo com a historiadora Aline Lacerda, do DAD, a ideia é chamar a atenção para o acervo, sua singularidade, e riqueza, para evidenciar uma das possibilidades de uso futuro das imagens digitais recém criadas. As imagens revelam o trabalho nos laboratórios do IOC, a área da fazenda de Manguinhos e momentos de descontração dos trabalhadores. A equipe do DAD também comemora o resultado de um processo de digitalização que demorou mais de um ano para ser concluído, sendo executado pela RCS Arte Digital, em São Paulo.Alcides Godoy e Henrique de Figueiredo Vasconcellos no Caramanchão, atual Casa de Chá (1907). |
Medicamentos em processo de embalagem, entre eles a vacina da manqueira, no Instituto Oswaldo Cruz.
Segundo ele, a busca foi por um diálogo entre as imagens, visando dar movimento à mostra. Isso foi possível também graças à qualidade das imagens, reconhece o fotógrafo. Desde o início – no final de 2011, quando ingressou no projeto – “havia uma preocupação em preservar a qualidade das imagens”, afirma Vinícius Pequeno. Ele também celebra esse que é o primeiro produto resultante da digitalização do acervo de negativos de vidro. Com a digitalização, descobriu-se, por exemplo, que as fotos panorâmicas foram obtidas pela junção de vários negativos de vidro produzidos durante as Expedições feitas por Oswaldo Cruz e outros pesquisadores do IOC no início do século 20. “Descobrimos que existiam negativos de vidro produzidos em série para criar vistas panorâmicas. A junção, perfeita por sinal, foi realizada a partir das partes digitalizadas”, elogia Aline Lacerda. A exposição é permanente, mas poderá ser exibida em outros espaços, se necessário, diz a historiadora. “A montagem foi pensada pra nos dar essa agilidade”, conclui. Serviço Mostra “Imagens em Negativo de Vidro da Casa de Oswaldo Cruz” Visitação: segunda a sexta-feira, das 9h às 17h. Grátis. Prédio Expansão do Campus da Fiocruz – Avenida Brasil, 4036 – 6º andar Manguinhos – Rio de Janeiro (RJ) Fonte: Portal da Casa de Oswaldo Cruz