Setembro/2025

Capa do livro Permanent Markers
Testes genéticos de ancestralidade: entre raça, corpo e genoma é o título de uma resenha que merece atenção na atual edição da revista História, Ciências, Saúde – Manguinhos (v. 32 • 2025), pela importância do tema hoje. Escrita pelo doutorando da Casa de Oswaldo Cruz/Fiocruz Angelo Tenfen Nicoladeli, a resenha discorre sobre o livro Permanent markers – race, ancestry and the body after the genome (Chapel Hill: The University of North Carolina Press, 2022), da antropóloga Sarah Abel, ainda não traduzido para o português.
A obra analisa teorias contemporâneas sobre raça e genética e critica o papel histórico da ciência na construção dessa concepção e defendendo uma abordagem biocultural. Segundo Nicoladeli, a autora “desafia a visão simplista dos testes de DNA como uma compreensão definitiva da identidade, destacando a multiplicidade das relações entre genética e identidade”.
Pesquisadora do Centre of Latin American Studies da Universidade de Cambridge, Reino Unido, Sarah Abel integra observações teóricas de campos diversos, como genética, antropologia e filosofia, com narrativas pessoais e entrevistas realizadas durante a pesquisa.
“Permanent markers pode nos remeter ao clássico trabalho de Evelyn Fox Keller (2002) e nos ajudar a perceber que seu alerta continua atual: precisamos estar atentos para os motivos pelos quais o discurso sobre os genes vem sendo utilizado”, afirma Nicoladeli, que recomenda a leitura a acadêmicos, profissionais e ativistas interessados na interseção entre ciência, identidade e poder, e defende a sua tradução para o português.
Leia na revista HCS-Manguinhos:
Testes genéticos de ancestralidade: entre raça, corpo e genoma, resenha de Angelo Tenfen Nicoladeli sobre o livro Permanent markers – race, ancestry and the body after the genome (Chapel Hill: The University of North Carolina Press, 2022), de Sarah Abel (História, Ciências, Saúde – Manguinhos, v. 32 • 2025)