Março/2023
Psicoterapia. Imagem: Mohamed Hassan/Pixabay
Os significados de um “não” podem ser interpretados filosófica e psicologicamente de maneiras bastante diferentes. No artigo The refused interpretation in Freud, Jung and beyond: what if the patient says “no”, disponível em inglês no suplemento especial Histórias transculturais de psicoterapias: novas narrativas da revista História, Ciências, Saúde – Manguinhos (v. 29, supl. 1, dez 2022), Marco Innamorati (Universidade de Roma Tor Vergata) discute como a rejeição de uma interpretação ou de uma intervenção terapêutica específica por um paciente pode ter consequências muito diferentes dentro dos modelos psicoterapêuticos de Freud, Jung e outros.
Por exemplo, a rejeição de uma interpretação consistente com o modelo e a história do paciente dentro de um cenário freudiano pode questionar a validade do modelo. Já numa perspectiva junguiana, uma recusa pode simplesmente levar o terapeuta a mudar o referencial, já que nenhum referencial é considerado universalmente válido. Para o autor, uma abordagem historiográfica e epistemológica da diversidade de significados atribuídos às negações do ponto de vista do paciente poderia ajudar, inclusive, a iluminar a relevância do papel ativo do paciente no desenvolvimento da sua psicoterapia.
Leia em HCS-Manguinhos:
The refused interpretation in Freud, Jung and beyond: what if the patient says “no”, artigo de Marco Innamorati (História, Ciências, Saúde – Manguinhos (v. 29, supl. 1, dez 2022)
