8 de março de 2022
As experiências de educação feminina em nível superior proporcionadas pelas políticas educacionais implantadas a partir da década de 1930 promoveram a inserção profissional de mulheres no mundo acadêmico e científico. Mas em que medida as relações de gênero prevalentes na sociedade brasileira se configuraram no campo científico, mantendo uma interdependência?
No artigo Institucionalização das ciências, sistema de gênero e produção científica no Brasil (1939-1969), publicado na revista HCS-Manguinhos em 2008, Luiz Otávio Ferreira, Nara Azevedo, Moema Guedes e Bianca Cortes procuram identificar a presença feminina na produção científica em quatro revistas – Memórias do Instituto Oswaldo Cruz, Revista Brasileira de Malariologia e Doenças Tropicais, Revista Brasileira de Biologia e os Anais da Academia Brasileira de Ciências – ao longo de três décadas, em meados do século XX.
“A produção científica analisada neste trabalho não apenas rastreou a presença feminina nas instituições científicas, mas também mostrou, sob diversos ângulos, um padrão de publicação diferenciado entre homens e mulheres, que a nosso ver constitui um indício das implicações de gênero na estruturação das hierarquias científicas, a partir da qual se distribuem diversamente poder e status acadêmico”, afirmam os autores.
Leia em HCS-Manguinhos:
Institucionalização das ciências, sistema de gênero e produção científica no Brasil (1939-1969), artigo de Luiz Otávio Ferreira, Nara Azevedo, Moema Guedes e Bianca Cortes (HCS-Manguinhos v. 15, supl., 2008)