Shozo Motoyama, um defensor contundente da história das ciências no Brasil

“nem a ciência nem a tecnologia estão harmonicamente integradas nas instituições sociais, econômicas e culturais brasileiras. Dessas desarmonias, resultantes dos mecanismos inerentes ao subdesenvolvimento, vingam distorções e desvios correntemente observados. Ideias oportunistas e deformadas como o empresariamento e rentabilidade imediata das pesquisas são exemplos claro disso. A desconfiança quanto à objetividade dos resultados científicos, que nem sempre são favoráveis aos eventuais donos do poder, é outra manifestação” (Motoyama, 1985, p.47-48).

Shozo Motoyama em 2020, no Museu Histórico da Imigração Japonesa no Brasil, em São Paulo. Foto: Divulgação / Museu Histórico da Imigração Japonesa no Brasil

Falecido em 26 de janeiro de 2021, o historiador das ciências Shozo Motoyama foi homenageado na Carta da Editora Convidada nesta edição da revista História, Ciências, Saúde – Manguinhos  com um obituário elaborado pela colega Márcia Regina Barros da Silva, professora do Departamento de História da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo. 

“A história das ciências no Brasil teve em Shozo Motoyama (1940-2021) um defensor contundente. Seu recente falecimento constitui razão para demonstrar o seu comprometimento constante com o fortalecimento da história das ciências como uma área de pesquisa e de produção de conhecimentos sobre o Brasil”, afirma a autora.

Leia em HCS-Manguinhos:

Shozo Motoyama (1940-2021), várias tradições, Carta da Editora Convidada, Márcia Regina Barros da Silva (HCS-Manguinhos, v. 28, n. 3, jul-set/2021)