Teoria evolutiva: eixo unificador da biologia?

Agosto/2021

A árvore filogenética da vida proposta por Carl Woese em 1977, com três domínios / Wikipedia

“Nada em biologia faz sentido exceto à luz da evolução”, afirmava Theodosius Dobzhansky em 1973, em artigo publicado na revista The American Biology Teacher.

Considerada frequentemente um eixo central e unificador da biologia, a teoria da evolução biológica pode não ser tão unificadora da ciência assim.

No artigo Pluralismo evolutivo e o ideal de unificação da biologia, publicado na atual edição da revista História, Ciências, Saúde – Manguinhos (v. 28, n. 2, abr/jun 2021), Leonardo Augusto Luvison Araújo, pesquisador de pós-doutorado na Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo, e Claudio Ricardo Martins dos Reis, professor do Instituto de Biologia da Universidade Federal da Bahia, apresentam argumentos históricos e filosóficos que desafiam a ideia de que a teoria evolutiva tenha proporcionado uma ampla unificação da biologia.

“Apesar das novas propostas de síntese do conhecimento biológico, a biologia evolutiva contemporânea é caracterizada por um pluralismo”, afirmam os autores.

O artigo discute aspectos históricos desse ideal de unificação, bem como os seus sinais de desintegração entre os anos 1960 e 1980, e apresenta os principais pontos a favor do pluralismo evolutivo, assim como algumas consequências dessa perspectiva.

“Defendemos um pluralismo evolutivo crítico do ideal de unificação como um objetivo da ciência, mas ainda favorável a integrações locais”, explicam.

Leia em HCS-Manguinhos:

Pluralismo evolutivo e o ideal de unificação da biologia, artigo de Leonardo Augusto Luvison Araújo e Claudio Ricardo Martins dos Reis, HCS-Manguinhos 28 (2) • Abr-Jun 2021

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