Julho/2021
O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) abriu processo de escolha de diretor(a) para o Museu de Astronomia e Ciências Afins (Mast), a ser realizado por um comitê de especialistas nomeado pelo ministro Marcos Cesar Pontes e composto por: Ana Luisa Albernaz, do Museu Paraense Emilio Goeldi, que o preside; Marta Catarino Lourenço, do Museu Nacional de História Natural e da Ciência da Universidade de Lisboa; Rosaria Ono, do Museu Paulista da USP; Tereza Cristina Scheiner, da UniRio; e Simone Flores Monteiro, da PUC-RS. A escolha terá origem numa lista tríplice encaminhada ao ministro pela presidente do Comitê. Este sistema vem sendo praticado pelo MCTI para cargos de direção de todas as suas Unidades de Pesquisa.
Segundo o MCTI, o processo “buscará identificar, nas comunidades científica, tecnológica e empresarial, nomes que se identifiquem com as diretrizes técnicas e político-administrativas estabelecidas para cada instituição”. Podem se inscrever “cidadãos com notório conhecimento e experiência profissional nas áreas de atuação do Museu de Astronomia e Ciências Afins, portadores (as) de diploma de doutorado emitido por instituição de ensino superior credenciada pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) ou reavaliado no Brasil, e que atenda aos requisitos básicos explicitados no processo de seleção”.
Mast: ciência, tecnologia, história, patrimônio e divulgação científica
Criado no Rio de Janeiro em 8 de março de 1985, o Mast tem como missão ampliar o acesso da sociedade ao conhecimento científico e tecnológico por meio da pesquisa, preservação de acervos e divulgação da atividade científica brasileira.
Situado no Morro de São Januário, em São Cristóvão, o Mast abriga um patrimônio arquitetônico tombado pelo Iphan e pelo Inepac, formado por 16 edificações da década de 1920. Além do prédio sede do Museu, o conjunto é composto pelos pavilhões de observação astronômica, com suas cúpulas de cobertura pré-fabricadas em ferro adquiridas da Alemanha, Inglaterra e França, juntamente com os seus instrumentos científicos, que testemunham as inovações daquele tempo.
O Mast guarda o importante acervo do Observatório Nacional, coleção que reúne instrumentos científicos, máquinas, equipamentos, mobiliário e esculturas, totalizando mais de dois mil objetos representativos do patrimônio científico do Brasil.
Leia no Blog e na revista História, Ciências, Saúde – Manguinhos:
Longitude zero: astronomia e política no final do século XIX em HCS-Manguinhos
Artigo de Moema Vergara, pesquisadora do Museu de Astronomia e Ciências Afins, traz fontes inéditas sobre o tema, como cartas trocadas por Luiz Cruls, diretor do Observatório Imperial do Rio de Janeiro, com o imperador e sua esposa, bem como notícias de periódicos, anais e relatórios.
O astrolábio e a arte de navegar
Heloisa Meireles Gesteira explora livro do cosmógrafo-mor do reino de dom João V, Manuel Serrão Pimentel.
Mast lança e-Book ‘História da Astronomia no Brasil’
Organizado pelo astrônomo Oscar Matsuura, livro é composto de 44 artigos escritos por 63 astrônomos e historiadores da ciência
Leia em HCS-Manguinhos:
Astronomia no Império brasileiro: longitude, congresso internacional e a busca por uma ciência universal no final do século XIX, artigo de Moema Vergara (v. 26, n.1, jan./mar. 2019)
O astrolábio, o mar e o Império, artigo de Heloisa Meireles Gesteira (vol.21, no.3, set 2014)