1o de maio/2021
Neste Dia do Trabalhador, destacamos o artigo O Hospital Proletário João Pessoa: limites e possibilidades para a saúde do trabalhador (Paraíba, anos 1930), do historiador Leonardo Querino Barboza Freire dos Santos, professor do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba e doutor pelo Programa de Pós-graduação em História Social da Universidade de São Paulo.
O autor discute a tentativa de organização do Hospital Proletário na capital da Paraíba nos anos 1930 a partir da cobertura do jornal A União sobre o episódio. Para angariar os recursos necessários à construção do Hospital Proletário João Pessoa, foi criada uma Confederação Operária Beneficente, formada pela reunião de 19 sociedades trabalhistas da capital, com a finalidade de construir e administrar hospital.
Segundo Santos, o envolvimento de diferentes atores – trabalhadores, associações e médicos – revela a emergência de uma nova forma de pensar e praticar as políticas de saúde. “Conforme o projeto varguista de construção nacional, tais ações visavam à formação de trabalhadores saudáveis, aptos para o mercado e úteis para a nação”, explica.
Para o historiador, apesar do fracasso, o projeto do Hospital Proletário e o engajamento de diversos agentes sociais revelam a convergência de processos históricos em torno da saúde do trabalhador, como a luta do proletariado por melhores condições de vida, a percepção da interdependência sanitária por parte das elites políticas e econômicas e a existência de uma medicina social da força de trabalho na Paraíba.
Leia em HCS-Manguinhos:
O Hospital Proletário João Pessoa: limites e possibilidades para a saúde do trabalhador (Paraíba, anos 1930), artigo de Leonardo Querino Barboza Freire dos Santos (HCS-Manguinhos, v. 27, n.3, jul./set. 2020)