Quando dizemos não ao asilo, dizemos não à miséria do mundo e nos unimos com todas as pessoas do mundo que lutam por uma situação de emancipação (Basaglia, 2000, p.28).
Em 2018, completou 40 anos a Lei Basaglia, de 1978, que decretou o encerramento dos hospitais psiquiátricos italianos. O psiquiatra Franco Basaglia dedicou a vida à luta antimanicomial. Nascido em Veneza em 1924, estudou medicina em meados da década de 1940, quando entrou em contato com um grupo de estudantes antifascistas e juntou-se à Resistência – movimento militar e político antifascista – tendo sido detido por seis meses na prisão de Veneza.
No início dos anos de 1960, Basaglia começou a compreender o atraso da psiquiatria italiana – quase cem mil pessoas estavam internadas em manicômios. Para alguns biógrafos, sua experiência atrás das grades parece ter influenciado sua oposição aos sistemas de asilo.
No artigo Franco Basaglia: biografia de um revolucionário, Mauro Serapioni, pesquisador do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, reflete sobre a trajetória humana, intelectual e profissional de Basaglia.
Leia em HCS-Manguinhos:
Franco Basaglia: biografia de um revolucionário, artigo de Mauro Serapioni (v. 26, n. 4, out./dez. 2019)
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