Maio/2019
Para comemorar os 25 anos da revista História, Ciências, Saúde – Manguinhos, pedimos a pessoas chave nessa história que nos dessem depoimentos sobre a sua participação nela até aqui.
Hoje trazemos Nelson Sanjad, pesquisador do Museu Paraense Emílio Goeldi/MCTIC, professor do Programa de Pós-Graduação em História/UFPA e editor Adjunto de História, Ciências, Saúde-Manguinhos desde 2015.
“Tomei conhecimento de História, Ciências, Saúde – Manguinhos durante meu curso de mestrado, feito na Unicamp entre 1999 e 2001. Tive professores que já haviam publicado na revista e que incorporavam, na bibliografia de suas disciplinas, artigos de HCS-Manguinhos. O acesso à revista, contudo, era restrito, pois ela ainda não estava disponível online. Apenas uma ou duas bibliotecas da Unicamp tinha a coleção. Para minha alegria, ganhei vários números da revista quando ingressei no curso de Doutorado do Programa de Pós-Graduação em História das Ciências e da Saúde, da Casa de Oswaldo Cruz, ainda em 2001. Desde então, tornei-me leitor de Manguinhos, consegui reunir a coleção completa e, em razão das inumeráveis voltas que fazem os caminhos que percorremos, atuo há quatro anos como Editor Adjunto da revista.
HCS-Manguinhos foi fundamental para minha formação como historiador e também como editor. Quando trabalhei como Editor Científico do Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi. Ciências Humanas, entre 2008 e 2014, adotei HCS-Manguinhos como principal referência de qualidade, considerando o contexto no qual as revistas brasileiras são produzidas. A seriedade do trabalho editorial e o esforço para profissionalizar todas as etapas de produção da revista foram as marcas que reconhecemos em Manguinhos e ambicionamos para o Boletim, que é, atualmente, bem avaliado pela Capes e tem um dos melhores desempenhos entre seus congêneres latino-americanos no Scimago Journal & Country Rank (SJR).
Nesse longo processo de qualificação da revista do Museu Goeldi, no qual atuei durante sete anos, creio que a influência exercida por HCS-Manguinhos, dentro do cenário editorial brasileiro, foi muito positiva no sentido de elevar o patamar de qualidade das revistas científicas na área das ciências humanas. Isso significa dizer que Manguinhos contribuiu para a profissionalização do fazer editorial no Brasil e também para a ampliação do público leitor de revistas científicas em geral, além de dar visibilidade para alguns temas relevantes para a academia e a sociedade.”
Leia no Blog de HCS-Manguinhos:
HCS-Manguinhos comemora os seus 25 anos com workshop
O presente e o futuro das publicações científicas de história serão a pauta de encontro de 26 a 28 de junho no Rio de Janeiro
Akira Homma: classificação máxima graças à excelência das publicações
O renomado epidemiologista da Fiocruz destaca a pontuação mais alta de HCS-Manguinhos no sistema Qualis-Capes (A1)
Paulo Gadelha: ‘História, Ciências, Saúde – Manguinhos é joia preciosa da Fiocruz’
Ex-presidente da Fiocruz dirigia a Casa de Oswaldo Cruz quando a revista foi lançada, em 1994
Cecilia Minayo: ‘Que outros 25 anos venham, pois a história não para’
“Há duas formas de avaliar uma publicação científica: sua periodicidade e adequação aos melhores parâmetros de produção; e seu conteúdo e contribuição para a ciência e a sociedade. HCSM cumpre maravilhosamente as duas funções, sendo preciosamente indispensável”.
Nara Azevedo: entusiasta da criação de uma revista única em seu campo
Quando foi diretora da Casa de Oswaldo Cruz, a pesquisadora conseguiu um orçamento específico para que a revista pudesse produzir versões de artigos em inglês, com o objetivo de lançar a revista em uma plataforma internacional
Depois do incêndio, registros de importância ímpar
Para Ricardo Ventura Santos, pesquisador titular da Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca (Ensp/Fiocruz) e professor titular do Departamento de Antropologia do Museu Nacional da UFRJ, HCS-Manguinhos guarda registros de um tesouro perdido.
Regina Horta Duarte: ‘HCS-Manguinhos se mantém como a melhor revista da área de história no Brasil’
Para a professora da UFMG, a revista teve papel pioneiro no aprimoramento de procedimentos de julgamento entre pares e de excelência de edição
Bruno Leal: ‘A Manguinhos é uma joia dentre as publicações no campo da História’
Editor do Cafe História destaca o trânsito interdisciplinar e o trabalho competente da equipe de HCS-Manguinhos
Baixe a apresentação com depoimentos sobre os 25 anos de HCS-Manguinhos em PDF
Leia em HCS-Manguinhos:
Sanjad, Nelson. Exposições internacionais: uma abordagem historiográfica a partir da América Latina. Set 2017, vol.24, no.3
Sanjad, Nelson. História natural e medicina na obra de Adolpho Lutz (1855-1940). Mar 2010, vol.17, no.1
Sanjad, Nelson. Cólera e medicina ambiental no manuscrito ‘Cholera-morbus’ (1832), de Antonio Correa de Lacerda (1777-1852). Dez 2004, vol.11, no.3
Sanjad, Nelson. Charles Frederick Hartt e a institucionalização das ciências naturais no Brasil. Ago 2004, vol.11, no.2
Sanjad, Nelson. Da ‘abominável profissão de vampiros’: Emílio Goeldi e Os mosquitos no Pará (1905). Abr 2003, vol.10, no.1