Maio/2019
Humberto Teixeira
Café e samba-exaltação. Em 1944, os principais produtos de exportação que deveriam expressar a grandiosidade econômica e cultural brasileira se combinaram na Sinfonia do Café, obra do compositor Humberto Teixeira, que foi parceiro de Luiz Gonzaga. A letra da música é o tema do artigo A Sinfonia do Café: Uma análise sócio-histórica e linguística da canção de Humberto Teixeira, de autoria de Francisco de Assis Guedes de Vasconcelos, publicado na edição atual de HCS-Manguinhos (vol.26, n.1, jan./mar. 2019).
O artigo explora as relações entre a obra musical, a trajetória de seu autor e o contexto de sua criação – Estado Novo ou Ditadura Vargas. Em sua análise, Vasconcelos, que é professor do Programa de Pós-Graduação em Nutrição da Universidade Federal de Santa Catarina, evidencia a função político-ideológica que o gênero musical samba-exaltação exerceu no Estado Novo, utilizando como suporte teórico a filosofia da linguagem de Mikhail Bakhtin, em particular, suas concepções de enunciação e interação verbal.
“Sinfonia do café sintetiza a concretização da política cultural-ideológica que o Estado Novo ousou projetar para o Brasil e para o mundo, procurando difundir uma imagem de grandiosidade e opulência a partir de dois produtos nacionais de exportação – agrícola e cultural -, samba e café”, afirma o autor.
Leia em HCS-Manguinhos:
A Sinfonia do Café: Uma análise sócio-histórica e linguística da canção de Humberto Teixeira, artigo de Francisco de Assis Guedes de Vasconcelos (vol.26, n.1, jan./mar. 2019).
