Maio/2018
As políticas de urbanização implementadas na Amazônia na segunda metade do século XVIII sintetizaram os projetos políticos, científicos e civilizacionais financiados pela Coroa portuguesa. No artigo Entre a engenharia militar e a arquitetura médica: representações de Alexandre Rodrigues Ferreira sobre a cidade de Belém no final do século XVIII, Ermelinda Moutinho Pataca, da USP, analisa o texto “Miscelânea histórica para servir de explicação ao prospecto da cidade do Pará”, escrito por Alexandre Rodrigues Ferreira em 1784, e o “Prospecto da cidade de Santa Maria de Belém do Grão-Pará”, do desenhista Joaquim José Codina. O artigo analisa as concepções de Alexandre Rodrigues Ferreira sobre a urbanização de Belém, fundamentadas na história natural e na medicina social, sintetizadas na obra de Antônio Nunes Ribeiro Sanches. A autora destaca a influência da engenharia militar na constituição do núcleo seiscentista da cidade e as reformas urbanas setecentistas realizadas sob preceitos da arquitetura médica, como a construção do Hospital Real Militar e os projetos de abastecimento de água, e discute o conceito de cidade-civilidade, expresso nas reformas urbanas com a construção de símbolos de poder estatal e de áreas de lazer e sociabilidade. Leia em HCS-Manguinhos: Entre a engenharia militar e a arquitetura médica: representações de Alexandre Rodrigues Ferreira sobre a cidade de Belém no final do século XVIII, artigo de Ermelinda Moutinho Pataca (vol.25, no.1, jan./mar. 2018) Leia também em HCS-Manguinhos: Evidências da circulação de conhecimento filosófico-natural sobre o Brasil em um manuscrito de 1763 de António Nunes Ribeiro Sanches, artigo de Gisele C. Conceição (vol.24, n.2, abr./jun. 2017) Como citar este post: Belém no final do século XVIII: entre a engenharia militar e a arquitetura médica. Blog da revista História, Ciências, Saúde – Manguinhos, 2018. Publicado em 9 de maio de 2018. Acesso em 9 de maio de 2018. Disponível em www.revistahcsm.coc.fiocruz.br/belem-no-final-do-seculo-xviii-entre-a-engenharia-militar-e-a-arquitetura-medica