Fevereiro/2018
Em 2007, pela primeira vez, projeto do Inpe simulou climas futuros regionalizados, criando mapas de anomalias de chuva e de temperatura para o período de 2071-2100. Depois, foram realizados estudos pela Embrapa e pela Fiocruz e a UFMG, ambos em parceria com o Inpe, chamados, respectivamente, de “Aquecimento global e a nova geografia da produção agrícola no Brasil” e “Mudanças climáticas, migrações e saúde: cenários para o Nordeste brasileiro 2000-2050”.
A modelagem das mudanças climáticas tem sua autoridade legitimada em um momento de crescente importância das capacidades técnicas que permitem saber como será o território no futuro. Assim como outros mapas, os climáticos representam poder e são valorizados porque se tornam projeções úteis ao planejamento e ordenação do território, permitindo que objetivos específicos de governo possam ser estipulados.
O artigo Tecnopolíticas das mudanças climáticas: modelos climáticos, geopolítica e governamentalidade, de Jean Carlos Hochsprung Miguel, pós-doutorando do Departamento de Ciências Sociais da Universidade Federal de São Paulo, publicado em HCS-Manguinhos (vol.24, no.4, out./dez. 2017) discute como a ciência da modelagem climática influi na atuação governamental, buscando compreender quais conhecimentos tecnocientíficos são produzidos para a administração do Estado e quem os desenvolve.
Leia em HCS-Manguinhos:
Tecnopolíticas das mudanças climáticas: modelos climáticos, geopolítica e governamentalidade, de Jean Carlos Hochsprung Miguel, pós-doutorando do Departamento de Ciências Sociais da Universidade Federal de São Paulo, publicado em HCS-Manguinhos (vol.24, no.4, out./dez. 2017)
Como citar este post:
Artigo em HCS-Manguinhos discute tecnopolíticas das mudanças climáticas. Blog de História, Ciências, Saúde – Manguinhos, 2018. Publicado em 16 de fevereiro de 2018. Disponível em http://www.revistahcsm.coc.fiocruz.br/artigo-em-hcs-manguinhos-discute-tecnopoliticas-das-mudancas-climaticas/