Setembro/2017
Em 19 de setembro de 1921, em Recife, nascia o educador Paulo Freire, criador, no fim da década de 1950, de um importante método de alfabetização de adultos que ficou conhecido como “Método Paulo Freire”, centrado nas palavras e temas mais significativos da vida do aluno e da comunidade onde vive.
Em 1963, o então presidente do Brasil, João Goulart, chamou o professor para organizar o Plano Nacional de Alfabetização, iniciado em janeiro de 1964. Mas, em abril, com o golpe militar, Freire, considerado subversivo, foi preso e depois exilado. No exílio, escreveu livros e trabalhou em diversas universidades, entre elas, a Universidade Harvard, em 1969. No ano anterior, ele concluíra seu livro mais famoso, Pedagogia do Oprimido, publicado em várias línguas. Paulo Freire faleceu em 2 de maio de 1997.
No artigo Educação social de rua: bases históricas, políticas e pedagógicas, publicado em HCS-Manguinhos (v.14, n.1, jan./mar. 2007), Walter Ferreira de Oliveira, médico psiquiatra e professor da UFSC, aborda o sistema pedagógico surgido na América Latina ao final da década de 1970, quando chamava a atenção o crescimento das populações em situação de rua, sobretudo crianças e adolescentes.
Segundo o autor, os primeiros educadores sociais de rua foram agentes de pastoral, na Praça da Sé, em São Paulo, que, fundamentando-se na Teologia da Libertação e nas pedagogias de Paulo Freire, Celestine Freinet, Anton Makarenko e Emília Ferreiro, desenvolveram um campo conceitual e participaram da promulgação da Constituição Federal de 1988, particularmente na elaboração e implantação do Estatuto da Criança e do Adolescente.
“Sofrendo as conseqüências da descontinuidade programática em trocas sucessivas de governos, a educação social de rua encontra-se latente. É importante conhecer suas propostas conceituais”, afirma o autor.
Leia em HCS-Manguinhos:
Educação social de rua: bases históricas, políticas e pedagógicas, artigo de Walter Ferreira de Oliveira (v.14, n.1, jan./mar. 2007)
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