Setembro/2017
Acredita-se que a gripe espanhola tenha sido trazida ao território nacional por um navio inglês, o Demerara, que passou pelos portos de Recife, Salvador e Rio de Janeiro em 1918. Em meados de setembro, essas cidades portuárias já estavam infestadas. Em outubro, a cidade de São Paulo e alguns municípios do interior já estavam impactados com o mal. Alguns estudos sobre a propagação da gripe espanhola nas principais capitais brasileiras fornecem informações importantes sobre o desenvolvimento da doença e as atitudes da população e das autoridades locais em relação ao seu combate.
No artigo A gripe espanhola em Sorocaba e o caso da fábrica Santa Rosália, 1918: contribuições da história local ao estudo das epidemias no Brasil, publicado na atual edição de HCS-Manguinhos (vol.24, no.2, abr./jun. 2017), João Paulo Dall’Ava e André Mota investigam as tensões surgidas durante a epidemia de gripe espanhola na cidade de Sorocaba, entre os meses de outubro e dezembro de 1918 e estudam o caso da fábrica Santa Rosália, cujo proprietário recusou a interrupção dos trabalhos no auge da crise epidêmica, mesmo sob pedidos do poder municipal. Com a análise, os autores buscam contribuir com os estudos sobre as epidemias nos municípios do interior do país, ressaltando as colaborações da história local às investigações sobre a história das doenças no Brasil.
Mais informações:
A gripe espanhola em Sorocaba e o caso da fábrica Santa Rosália, 1918: contribuições da história local ao estudo das epidemias no Brasil, artigo de João Paulo Dall’Ava e André Mota (vol.24, no.2, abr./jun. 2017)