A emergência da Aids no estado do Amazonas

Agosto/2016

Testagem de sangue. Foto: Secretaria Municipal de Saúde/Manaus

Testagem de sangue. Foto: Secretaria Municipal de Saúde/Manaus

As autoridades de saúde do Amazonas demoraram a perceber a ameaça que a Aids representava no fim da década de 1980. Os primeiros anos da epidemia foram marcados por ausência de leitos, negligência e preconceito dos profissionais de saúde. E a epidemia avançava. Sem uma rede de assistência, os hospitais resistiam em internar soropositivos e muitos profissionais se recusavam a atendê-los. Com o aumento de casos, a pressão da sociedade, da mídia e muita articulação, em 1989 foi criado o Programa Estadual de DST e Aids – uma tentativa de melhor coordenar a resposta estadual entre as instituições envolvidas.

No artigo A emergência da Aids no Amazonas, os pesquisadores Michele Rocha Kadri e Júlio César Schweickardt, do Instituto Leônidas e Maria Deane/Fiocruz Amazônia, analisam o contexto histórico, social e político do surgimento da Aids no Amazonas e como as respostas locais foram moldadas pelas mudanças ocorridas na política nacional. O levantamento revelou que a desarticulação entre as instituições de assistência e cuidado e principalmente a falta de priorização política para combate à epidemia no Amazonas têm dificultado o planejamento e a execução de ações e estratégias públicas com abrangência em toda a rede de assistência no estado. O estado está em segundo lugar no quadro nacional de casos de HIV/AIDS. Leia em HCS-Manguinhos: A emergência da Aids no Amazonas, artigo de Michele Rocha Kadri e Júlio César Schweickardt (vol.23, no.2, abr./jun. 2016) Leia no Blog de HCS-Manguinhos: Aids: 30 anos depois, jovens em risco Dilene Raimundo do Nascimento fala sobre a Aids no Brasil desde a década de 1980 e chama atenção para a necessidade de se conscientizar os jovens Leia ainda em HCS-Manguinhos: Nascimento, Dilene Raimundo do. A face visível da Aids. Jun 1997, vol.4, no.1  Andrade, Maria de Fatima de Oliveira, Martins, Maria Cezira Fantini Nogueira and Bógus, Cláudia Maria Casa Siloéa história de uma ONG para crianças portadoras de HIV/AIDS. Dez 2007, vol.14, no.4 Zaquieu, Ana Paula V. Os desafios da alteridade:considerações sobre gênero e sexualidade entre militantes de uma ONG/Aids carioca. Mar 2006, vol.13, no.1 Marques, Maria Cristina da Costa. Contradições e assimetrias na construção do conhecimento em Aids/HIV. Ago 2005, vol.12 Góis, João Bôsco Hora. Novas reflexões sobre a Aids?. Ago 2005, vol.12, no.2 Moutinho, Laura. Tal Brasil, qual prevenção?. Ago 2004, vol.11, no.2 Monteiro, Simone. Uma visão histórica sobre uma epidemia contemporâneaa Aids e o caso peruano. Dez 2003, vol.10, no.3 Góis, João Bôsco Hora. Reabrindo a ‘caixa-preta’rupturas e continuidades no discurso sobre Aids nos Estados Unidos (1987-98). Dez 2002, vol.9, no.3 Marques, Maria Cristina da Costa. Saúde e podera emergência política da Aids/HIV no Brasil. 2002, vol.9 Xavier, Caco. Aids é coisa séria! – humor e saúdeanálise dos cartuns inscritos na I Bienal Internacional de Humor, 1997. Jun 2001, vol.8, no.1 Ayres, José Ricardo de Carvalho Mesquita. Ruína e reconstruçãoAIDS e drogas injetáveis na cena contemporânea. Nov 1996, vol.3, no.3 Ferreira, Andréa Rocha. Quebrando o silênciomulheres e AIDS no Brasil. Out 1996, vol.3, no.2 Bastos, Cristiana. As ciências da Aids e a Aids das ciências:o discurso médico e a construção da Aids. Out 1995, vol.2, no.2  Camargo Jr., Kenneth R. de. Aids e a Aids das ciências. Out 1994, vol.1, no.1 Artigos em francês e espanhol: Spesny, Sara Leon. Les politiques du corps: l’approche critique de Didier Fassin à l’épidemie du Sida en Afrique du Sud. Dic 2014, vol.21, no.4  Torres-Ruiz, Antonio. Nuevos retos y oportunidades en un mundo globalizadoanálisis político de la respuesta al VIH/Sida en México. Set 2006, vol.13, no.3 Cueto, Marcos. El rastro del SIDA en el Perú. 2002, vol.9 Löwy, Ilana. Les métaphores de l’immunologieguerre et paix. June 1996, vol.3, no.1