Junho/2016
Nas primeiras décadas do século XX, no estado de Goiás, no Centro-Oeste do Brasil, as famílias dos doentes de lepra transformam-se num problema social, e a sua assistência, num problema político. Decreto de 1923 previa a notificação compulsória e o isolamento dos doentes, a vigilância sanitária dos suspeitos e a segregação imediata dos filhos nascidos de pais com lepra.
Na década de 1940, com a construção de instituições, os doentes estavam sujeitos ao isolamento em leprosários, e seus filhos, vistos como possíveis agentes de transmissão, à internação em preventórios. A promessa era de que, longe do repúdio da sociedade, a criança teria assistência médica, frequentaria escola técnico-profissional e seria educada, já que as escolas públicas proibiam a entrada de crianças que convivessem com pessoas portadoras de doenças infectocontagiosas.
No artigo Filantropia e política de assistência às famílias de doentes de lepra em Goiás, 1920-1962, publicado nesta edição de HCS-Manguinhos (vol.23, n.2, abr./jun. 2016), Leicy Francisca da Silva, do Departamento de História da Universidade Estadual de Goiás, analisa os discursos médicos e políticos da época e como eles desembocam na organização da Sociedade de Assistência ao Lázaro e Defesa Contra a Lepra e na edificação do Preventório Afrânio de Azevedo em Goiânia, capital do estado.
Leia em HCS-Manguinhos:
Filantropia e política de assistência às famílias de doentes de lepra em Goiás, 1920-1962, artigo de Leicy Francisca da Silva (vol.23, n.2, abr./jun. 2016)
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