OMS reafirma segurança para a realização das Olimpíadas no Brasil

Junho/2016

Floresta da Tijuca, Rio de Janeiro. Foto de Halley Pacheco de Oliveira/Wikipedia.

Floresta da Tijuca, Rio de Janeiro. Foto de Halley Pacheco de Oliveira/Wikipedia.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) ressaltou, nesta terça-feira (14), durante a terceira reunião do Comitê de Emergência, em Genebra, de que é muito baixo o risco de propagação internacional do vírus Zika como resultado dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos no Brasil. Na reunião, membros do Comitê de Emergência reafirmaram que durante as competições o país estará no período do inverno, quando histórica e epidemiologicamente os índices das doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti estão em declínio e atingem seu menor índice. O Comitê também reafirmou o seu aviso prévio de que não deve haver restrições gerais sobre viagens e comércio com países, regiões e/ou territórios com a transmissão do vírus Zika, incluindo as cidades brasileiras. A OMS reforçou as recomendações já realizadas aos viajantes, principalmente às grávidas, e que o Brasil deve continuar o seu trabalho de intensificar as medidas de controle de vetores e em torno das cidades e locais de realização de eventos. Principais pontos: 1 – O Comitê observou que os riscos em áreas de transmissão são os mesmos para um encontro de massa ou não. Esses riscos são minimizados através de boas medidas de saúde pública. 2 – Manteve as mesmas recomendações para viajantes internacionais (Grávidas devem evitar áreas de risco/parceiros sexuais devem assegurar práticas sexuais seguras ou se abster de sexo/Viajantes devem receber informações sobre potenciais riscos e medidas adequadas de proteção). 3 –  O Comitê concluiu que existe risco muito baixo de propagação internacional do vírus Zika como resultado dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos. No Brasil a intensidade da transmissão autóctone de arbovírus, como dengue e Zika, será mínima. 4 – A Comissão reafirmou o seu aviso prévio de que não deve haver restrições gerais sobre viagens e comércio com países, regiões e/ou territórios com a transmissão do vírus Zika, incluindo as cidades do Brasil que acolhe os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos. 5 – O Brasil deve continuar o seu trabalho de intensificar as medidas de controle de vetores e em torno das cidades e locais de realização das competições. 6 – Os países com viajantes para os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos devem garantir que esse público esteja plenamente informado sobre os riscos de infecção do Zika e medidas de proteção. Leia a íntegra do Comitê de Emergência Fonte: Agência Saúde/Min. da Saúde Leia no Blog de HCS-Manguinhos: Artigo defende manutenção do calendário olímpico apesar do zika Assinado por cientistas do Programa de Computação Científica da Fundação Oswaldo Cruz e da Fundação Getúlio Vargas do Rio de Janeiro, o artigo apresenta evidências científicas que apontam para uma expectativa de baixo número de casos de doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti em agosto. 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